OS PRINCIPAIS POVOS INDÍGENAS DA BACIA AMAZÔNICA
Os principais povos indígenas da bacia
Amazônica
Os tipos de Etnias da região Amazônica nos estados do: Acre,
Amazonas, Amapá, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Pará.
No Acre: As tribos habitantes do Acre são principalmente dos troncos Pano e Aruaque. Ao Pano pertencem os Kaxinawás, Yawanawás, Poyanawás, Jaminawás, Nukuinis, Araras e Kaxararis. Ao tronco Aruaque pertencem os Kulinas e os Kampas. Também são habitantes na área atual do Acre os Katukinas, os Machineris e alguns grupos isolados sem contato. Os Indios vivem da caça, pesca, agricultura e do extrativismo. Eles plantam mandioca, milho, algodão, tabaco e vários frutos. Nas comunidades existem os curandeiros chamados "pajés" que transmitem seu conhecimento sobre rituais e plantas medicinais oralmente aos seus sucessores. Os rituais de alguns povos indígenas na área do Acre são acompanhados com a ingestão da "Ayahuasca" ou "Yagé", uma bebida alucinógena feito de certos cipós e folhas.
No Amazonas: As principais tribos habitantes do Amazonas são: APURINÃ (Falam a língua apurinã, do tronco lingüístico aruak, e habitam ao longo do rio Purus e seu afluentes), ARAPASO (Vivem no médio Uaupés, abaixo de lauareté, e no rio Negro e em São Gabriel da Cachoeira), BANAWÁ (Também conhecidos por banawá-yafi, ocupam a região do rio Purus), BANIWA (Vivem na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela, às margens do rio Içana e seus afluentes Cuiari, Aiari e Cubate, além de comunidades no alto rio Negro/Guainía (nome do rio Negro fora do Brasil, acima da foz do rio Casiquiare) e nos centros urbanos de Santa Isabel, São Gabriel da Cachoeira e Barcelos), BARÁ (Falam a língua tucano e são também chamados de waípinõmakã. Habitam principalmente as cabeceiras do rio Tiquié, acima do povoado de Trinidad (Colômbia); o alto Colorado e Lobo (afluentes do Pira-Paraná)), BARASANA (Esse povo vive nos igarapés Tatu, Komeya, Lobo e Colorado, afluente do Pira-Paraná, e no próprio Pira-Paraná, em território colombiano, onde se encontra a maioria de seus indivíduos) BARÉ (Habitam a calha do rio Negro, desde o Casiquiari até seu médio curso, e ainda o baixo rio Xíe), DENI (Habitam a região dos rios Juruá e Purus, falam o arawá), DESANA (Vivem na região do alto rio Negro, às margens do rio Tiqué e seus afluentes), JIAHUI (Vivem na região do médio curso do rio Madeira, no sul do Estado do Amazonas), HI-MERIMÃ (Praticamente desconhecidos, habitam a região do médio rio Piranha, entre o Juruá e o Purus, no Amazonas), APURINÃ (Falam a língua apurinã, do tronco lingüístico aruak, e habitam ao longo do rio Purus e seu afluentes), ARAPASO (Vivem no médio Uaupés, abaixo de lauareté, e no rio Negro e em São Gabriel da Cachoeira), BANAWÁ (Também conhecidos por banawá-yafi, ocupam a região do rio Purus), BANIWA (Vivem na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela, às margens do rio Içana e seus afluentes Cuiari, Aiari e Cubate, além de comunidades no alto rio Negro/Guainía (nome do rio Negro fora do Brasil, acima da foz do rio Casiquiare) e nos centros urbanos de Santa Isabel, São Gabriel da Cachoeira e Barcelos), BARÁ (Falam a língua tucano e são também chamados de waípinõmakã. Habitam principalmente as cabeceiras do rio Tiquié, acima do povoado de Trinidad (Colômbia); o alto Colorado e Lobo (afluentes do Pira-Paraná)), ARASANA (Esse povo vive nos igarapés Tatu, Komeya, Lobo e Colorado, afluente do Pira-Paraná, e no próprio Pira-Paraná, em território colombiano, onde se encontra a maioria de seus indivíduos), BARÉ (Habitam a calha do rio Negro, desde o Casiquiari até seu médio curso, e ainda o baixo rio Xíe), DENI (Habitam a região dos rios Juruá e Purus, falam o arawá), DESANA (Vivem na região do alto rio Negro, às margens do rio Tiqué e seus afluentes), KATUENA (Habitam a região do baixo Amazonas), KATUKIANA (No Amazonas, vivem na região do triângulo Jutaí-Juruá-Solimões), KATURINA (Vivem na região do triângulo Jutaí-Juruá-Solimões), KATURINA PANO (Vivem na região dos rios Juruá e Purus, próximos ao Estado do Acre), KAXARARI (No Amazonas, habitam a região do alto Madeira, nas proximidades de Rondônia, e podem ser encontrados nos dois Estados), KAXINAWÁ (Vivem no Peru e no Brasil, nos vales do Purus e Juruá, nos limites dos Estadps do Acre e do Amazonas) e os JIAHUI (Vivem na região do médio curso do rio Madeira, no sul do Estado do Amazonas).
No Amapá: As tribos habitantes do Amapá são: GALIBI MARWORNO, GALIBI DO OIAPOQUE, KARIPUNA, PALIKUR, WAIÃPI e WAYANA-APALAÍ.
Em Roraima: MACUXI: Os Macuxi são originários da bacia do Orinoco. Migrando em pequenas levas – ocasionada pelas guerras intertribais, depois pelo enfrentamento com os espanhóis-, atingiram o rio Branco, WAIMIRI-ATROARI: São habitantes das regiões Sul do Estado de Roraima e Norte do Amazonas, numa área demarcada com superfície de 2.585.911, distribuídos em 14 aldeias. Nos primeiros contatos com os não índios, nas atuais cidades de Moura e Airão, eram conhecidos como Crichaná, INGARICÓ: A denominação Ingarikó é de origem Makuxi, que quer dizer “Gente da mata espessa”, por viverem isolados na região da "mata serrana", mantendo relações mais regularmente com seus semelhantes que, em maior número, vivem na Guiana, do outro lado da fronteira,MACUXI: Os Macuxi são originários da bacia do Orinoco. Migrando em pequenas levas – ocasionada pelas guerras intertribais, depois pelo enfrentamento com os espanhóis-, atingiram o rio Branco;MAIONGONG: Na Venezuela são conhecidos como Maquiritare e Yekuana. Habitam a Serra do Parima e seu território estende-se até o rio Orinoco, na Venezuela, num local de difícil acesso por ser cortado de montanhas e rios encachoeirados; TAUREPANG: No Brasil, são denominados Taurepang, e na Venezuela, Pemon. Antigamente, se denominavam Arecuna, YANOMAMI: Estão localizados nos estados do Amazonas, nos municípios de Santa Isabel e do Rio Negro, e de Roraima, nos municípios de Alto Alegre, Mucajaí, Iracema, Amajari e Caracaraí, WAI-WAI: Habitam na fronteira do Brasil com a República Cooperativa da Guiana, ao Sul do estado de Roraima, precisamente ao norte do município de Caroebe, além do dialeto de origem falam o inglês e o português e osWAPIXANA: No passado, com a chegada dos Karibs, e em especial dos Makuxi, tiveram que defender seu território bravamente, todavia, após várias guerras com os Makuxi, foram derrotados, empurrados para outras áreas da região e, os submetidos tiveram que assumir vários traços culturais dos Makuxi.
Em Rondônia: Gavião, ARARA, SURUI, ZORÓ, SABANÉ, PUROBORÁ, KARIATINA, AIKANA, KARIPUNA, AMONDAWA, JABOTI, KANOÉ, WARI, CINTA LARGA, KAMPÉ e TUPARI.
No Mato Grosso: Atualmente residem no Estado de Mato Grosso mais de 28 mil índios de 38 etnias diferentes. Há indícios de outros 9 povos ainda não contatados e não identificados oficialmente: Apiaká, Arara, Aweti, Bakairi, Bororo, Chiquitano, Cinta-Larga, Eawenê-Nawê, Guató, Ikpeng, Irantxe, Kayapó (Mebengôkre), Kalapato, Kamayurá, Karajá, Kayabi, Kuikuro, Matipu, Mehinaku, Myky, Munduruku, Nahukwá, Nambikwara, Panará, Paresi, Rikbaktsa, Suyá , Surui, Tapayuna, Tapirapé, Terena, Trumai, Umutina, Waurá, Xavante, Yudjá (Juruna), Yawalapiti e Zoró.
E no Pará: Os Tupinambá
Antes da chegada dos portugueses ao Estado do Pará, habitavam em nossa região diversos grupos indígenas. Para a área do atual território amazônico, os indígenas estavam agrupados em três grandes troncos: tupi-guarani, aruaque e caribe.
Dentre os índios tupi-guarani na região, os mais conhecidos são os Tupinambá
Marajoara: As primeiras populações que habitaram a Ilha do Marajó viviam de forma simples, com organização social baseada no trabalho doméstico e familiar. Dedicavam-se à caça, à pesca, à coleta de produtos da floresta e à horticultura. Cerâmica, tecidos e outros objetos eram produzidos para a família e para eventuais trocas com outros grupos.
Tapajós: O principal grupo indígena que habitava a região do rio Tapajós, no Estado do Pará, chamava-se Tapajó, habitando a região pelo menos desde o século X até o XVII. Sua principal aldeia estava situada na foz do rio Tapajós, local atual do bairro de Aldeia, na cidade de Santarém.
Os índios no Brasil![]() Tribo Xingu
Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia aproximadamente 100 milhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse número chegava 5 milhões de nativos, aproximadamente. Estes índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco lingüístico ao qual pertenciam: tupi-guaranis (região do litoral), macro-jê ou tapuias (região do Planalto Central), aruaques ou aruak (Amazônia) e caraíbas ou karib (Amazônia ).
Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. Porém, muitas delas não vivem mais como antes da chegada dos portugueses. O contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.
A sociedade indígena na época da chegada dos portugueses.
O primeiro contato entre índios e portugueses em 1500 foi de muita estranheza para ambas as partes. As duas culturas eram muito diferentes e pertenciam a mundos completamente distintos. Sabemos muito sobre os índios que viviam naquela época, graças a Carta de Pero Vaz de Caminha (escrivão da expedição de Pedro Álvares Cabral) e também aos documentos deixados pelos padres jesuítas.
Os indígenas que habitavam o Brasil em 1500 viviam da caça, da pesca e da agricultura de milho, amendoim, feijão, abóbora, bata-doce e principalmente mandioca. Esta agricultura era praticada de forma bem rudimentar, pois utilizavam a técnica da coivara (derrubada de mata e queimada para limpar o solo para o plantio).
Os índios domesticavam animais de pequeno porte como, por exemplo, porco do mato e capivara. Não conheciam o cavalo, o boi e a galinha. Na Carta de Caminha é relatado que os índios se espantaram ao entrar em contato pela primeira vez com uma galinha.
As tribos indígenas possuíam uma relação baseada em regras sociais, políticas e religiosas. O contato entre as tribos acontecia em momentos de guerras, casamentos, cerimônias de enterro e também no momento de estabelecer alianças contra um inimigo comum.
Os índios faziam objetos utilizando as matérias-primas da natureza. Vale lembrar que índio respeita muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência. Desta madeira, construíam canoas, arcos e flechas e suas habitações (oca). A palha era utilizada para fazer cestos, esteiras, redes e outros objetos. A cerâmica também era muito utilizada para fazer potes, panelas e utensílios domésticos em geral. Penas e peles de animais serviam para fazer roupas ou enfeites para as cerimônias das tribos. O urucum era muito usado para fazer pinturas no corpo.
|
belissimo artigo
ResponderExcluir