BLOG DE CARLOS CAVALCANTI: UCRANIA - RUSSIA - UNIÃO EUROPEIA

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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

UCRANIA - RUSSIA - UNIÃO EUROPEIA





Politólogo português: "superpotências ainda existem"


UE, União Europeia
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Numa declaração exclusiva à Voz da Rússia, o politólogo português António Costa Pinto, professor de política e história europeia contemporânea na Universidade de Lisboa, desdramatizou a situação em torno da suspensão do acordo de associação entre a Ucrânia e a União Europeia.

A Ucrânia, disse neste contexto o politólogo, é uma área de interesse vital para a Rússia.
"As potências não deixaram de existir, e mesmo que os seus sistemas políticos se tenham democratizado, não há duvida nenhuma que por parte da Rússia existe um grande sentimento de que há certas áreas que são áreas de interesse vital."
Existem entre os dois países, ligações históricas e geográficas, além de fortes contatos de caracter econômico-comercial.
"É inegável que a Rússia não vê com bons olhos uma eventual associação da Ucrânia com a União Europeia. É de prever que a Rússia evidentemente continue tendo um papel muito presente na política ucraniana."
O politólogo português contudo advertiu para o risco de agravamento do problema em torno da Ucrânia.
"O principal risco da atual conjuntura da tensão é justamente o risco de existirem conflitos mais sérios no interior da Ucrânia não propriamente que eles se transformem num conflito diplomático muito importante entre a Rússia e a União Europeia."
No entanto, o primeiro-ministro português Pedro Passos Coelho cancelou a sua viagem à Lituânia, não participando assim na cimeira que está acontecendo esta quinta e sexta-feira naquele país do Báltico.
O chefe do executivo português falta assim à cimeira que está marcada pelo recuo da Ucrânia em assinar um acordo de associação com a União Europeia. O gabinete de Pedro Passos Coelho não adiantou uma justificação para o cancelamento. O governo português está representado na cimeira pelo secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Bruno Maçães.
A comunicação social portuguesa tem seguido com grande atenção, nos últimos dias, os acontecimentos à volta da Ucrânia, depois da suspensão, por Kiev, da assinatura de acordo. Por um lado, jornais publicam fotografias de comícios da oposição a favor da União Europeia, por outro, citam declarações do presidente ucraniano que acusou a União Europeia de pressionar a Ucrânia.


Irmandade Muçulmana está formando governo em Paris


França

Irmandade Muçulmana, o partido radical egípcio cujo líder, Mohamed Mursi, em julho de 2013 foi deposto da presidência do Egito pelo exército, pretende abrir escritórios oficiais em todo o mundo.

Além disso, a Irmandade Muçulmana propõe-se formar em Paris um governo no exílio, paralelo às autoridades oficiais.
De acordo com o jornal Egypt Independent, já foram revelados os nomes de 25 ministros que seriam membros do governo no exílio. Todos eles foram deputados do parlamento desmantelado no verão passado. Atualmente, dez deles estão em prisões egípcias.



Fule: solicitação de 160 bilhões de euros por Kiev é inflada



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O Comissário Europeu para a Política de Vizinhança Stefan Fule acredita que a Ucrânia pediu uma quantia fantástica de compensação necessária para a adaptação do país às normas da União Europeia – 160 bilhões de euros.

Ele disse isso durante um discurso no segundo fórum de negócios da Parceria Oriental em Vilnius.
Fule também está perplexo pela atitude da Ucrânia que considera a contribuição para a modernização da economia não um investimento, mas um custo adicional. "O único custo que pode ter que suportar a Ucrânia é o pagamento pela inação. A Ucrânia está arriscando seu futuro, o que levará a uma maior estagnação da economia", disse o comissário europeu.



China está criando armas antissatélite



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Os EUA acreditam que três satélites chineses, lançados no verão e que desde agosto vêm realizando estranhas manobras em órbita, fazem parte do programa de desenvolvimento de armas antissatélite, relatou a publicação online Washington Free Beacon. Os três satélites – SY-7, CX-3 e SJ-15 – efetuaram manobras de aproximação, e um deles, dotado de manipulador, capturou com a mão mecânica um outro satélite.

As autoridades chinesas anunciaram oficialmente que os satélites SY-7, CX-3 e SJ-15 iriam cumprir missões de pesquisa científica relacionadas com a manutenção de engenhos espaciais. Os testes da mão do manipulador responde plenamente a tal objetivo. Uma ferramenta similar havia, em particular, a bordo das espaçonaves americanas Space Shuttle.
Contudo, a tecnologia de aproximação em si pode ter aplicação militar. A União Soviética desenvolvia outrora satélites interceptadores destinados a se aproximarem de aparelhos espaciais do opositor para os explodir. Para além dos sistemas antissatélite já bem experimentados, que usam mísseis DF-21 e, possivelmente, DF-31 lançados a partir de bases em terra, a República Popular da China pode dispor também de satélites-assassinos ao jeito dos soviéticos. Colocados em órbita num período de crescente tensão bélica, tais satélites podem permanecer ali durante tempo prolongado esperando a ordem de ativação.
No entanto, o fato de aniquilação do satélite por uso de armas antissatélite pode ser provado com facilidade e, do ponto de vista jurídico, é um ato de guerra. A China, talvez, está procurando formas mais flexíveis para reduzir a eficiência dos satélites inimigos através de desarranjar seu funcionamento sem os destruir. As tecnologias que permitem capturar os satélites inimigos mediante o manipulador, alterar sua orientação ou estragar algumas partes, assim como as de geração de interferências podem ser muito mais convenientes. Em certos casos, o opositor inclusive não será capaz de detectar que seu satélite sofreu uma intromissão.
A China vê as armas antissatélite como uma das alternativas para contra-arrestar a supremacia tecnológica americana. A doutrina militar chinesa prevê a implementação simultânea de métodos de guerra radioeletrônica, ataques aos sistemas de comunicação, reconhecimento e comando, bem como realização de ataques nas redes informáticas. Nesse contexto, uma especial atenção aos métodos de supressão radioeletrônica dos satélites do adversário é natural e inevitável. Como resultado, a China já no presente momento tem um programa de criação de armas antissatélite mais sofisticado do mundo.


Su-35 ajudará a China na luta por ilhas disputadas



Su-35 ajudará a China na luta por ilhas disputadas

A julgar por declarações oficiais mais recentes, o contrato de venda à China de um lote de 24 caças Su-35C poderá vir a ser firmado no final do ano corrente ou nos início do próximo ano. Assim, na melhor das hipóteses, a China receberá os primeiros aviões do gênero já em 2015.

A experiência acumulada na exploração dos Su-30MKK e Su-MK2 permitirá o manejo rápido do Su-35C. Deste modo, até os anos de 2017-2018, o regimento desses aviões estará quase pronto a prestar o serviço militar eficiente.
A Aeronáutica da China é uma das maiores no mundo e a entrada em serviço de 24 novos aparelhos não terá um impacto sensível. Quais, então, serão os objetivos de sua compra? A opinião generalizada de que a aquisição se deva ao eventual acesso aos motores russos AL-41F1C (117C) não resiste a críticas. O propulsor não pode ser copiado com base em estudos da construção do modelo em causa. Mais do que isso, a Rússia fornece motores para os aviões chineses. Se a China precisar de motores para a realização de testes em voo ou a produção de uma parcela experimental dos caças J-20, poderá comprá-los sem problemas.
Uma causa mais substancial seria um desejo de conhecer melhor a construção do avião criado com base no Su-27 soviético, produzido também na China. Mas para a realização de testes será necessária uma pequena quantidade desses aviões. É óbvio que a maior parte dos caças será posto em serviço da Força Aérea e da Aviação Naval. Aqui também existem esferas de seu eventual emprego: uma pequena quantidade de aviões Su-35C pode ser empregada na solução da disputa territorial em torno da ilhas Senkaku.
Desde o mês de março de 2013, a China procura mudar a tática de ações na zona das ilhas em disputa. Se antes, para a região eram enviadas embarcações sem armas e aviões do serviço de monitoramento marítimo, hoje em dia, o patrulhamento das ilhas está sendo efetuado por navios militares e aviões de combate. Em contrapartida, os caças nipônicos F-15J vão realizando voos regulares de interceptação.
Nessa “confrontação não armada”, o Su-35C pode vir a ser um meio muito eficiente para demonstrar a seriedade das pretensões territoriais. Além disso, o novo avião tem duas vantagens: um radar potente e a elevada capacidade de manobra. A seu bordo se encontra o radar Irbis-E que permite detectar alvos aéreos à distância de 350-400 km.
Isto significa que, o Su-35C, quando se encontrar no espaço aéreo chinês, poderá controlar a situação sem ser visto. Em virtude disso, os chineses terão a possibilidade de empreender ações antes que a aviação nipônica saiba reagir de forma adequada. Claro que a observação do espaço aéreo na zona das ilhas poderia ser feita por aviões dotados de sistemas de alerta e controle ou por navios. Mas a quantidade desses aparelhos voadores é reduzida e a presença de navios perto da zona costeira é capaz de causar inquietação do adversário.
No caso de enfrentar caças nipônicos, o Su-35C levará igualmente uma vantagem séria por possuir motores com o empuxo vetorial e a elevadíssima capacidade de manobra. Os aviões chineses poderão amolar a paciência do adversário e demonstrar a sua superioridade sem ultrapassar o limite do admissível.

Novo combustível pode manter carro andando durante 100 anos


carro

E se fosse possível comprar um carro que não precisasse ser reabastecido com combustível? Isso pode tornar-se uma realidade se as pesquisas com um elemento químico chamado tório (Th) forem para frente.

Apenas um grama de Th equivale à energia produzida por 28 mil litros de gasolina. Seria assim possível manter um carro  andando por 100 anos com oito gramas de Th - muito mais que a vida útil de um carro convencional.
O elemento foi descoberto em 1828 pelo químico sueco Jons Jakob Berzelius, que o batizou como tório em referência ao deus nórdico Thor. Trata-se de um metal radioativo que está entre os elementos mais densos existentes e hoje é usado para produzir filamentos para lâmpadas incandescentes e vidros especiais.
Em 2009 a Loren Kulesus já havia pensado em usar o Th em carros, quando desenvolveu o World Thorium Fuel Concept Car. Atualmente quem lidera um projeto semelhante é a empresa norte-americana Laser Power System e os seus protótipos são motores com 250 kg que podem ser colocados em automóveis.
Mas o Th também pode ser adotado em casas, ambientes de trabalho, outros tipos de transporte, equipamentos militares e até naves espaciais, conforme a empresa.

Lançamentos de mísseis no Mediterrâneo é possível preparação para ataque contra Síria

Síria

Os dois alvos balísticos lançados no Mediterrâneo e registrados pelo sistema russo de detecção e alerta de aproximação de mísseis, com toda a probabilidade, não tinham carga explosiva, declarou uma fonte informada em Moscou.

Segundo a fonte, isto pode ser a preparação para o bombardeamento da Síria.
"É possível que os destróieres da 6ª Frota da Marinha dos EUA tenham lançado mísseis balísticos sem carga explosiva para verificar a eficiência de detecção de alvos pelos sistemas de defesa aérea da Síria, assim como pelos sistemas dos navios russos no Mediterrâneo", disse a fonte.
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru


Será que cientista ucraniano ajudou a desenvolver porta-aviões chineses?

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O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) acusou o professor da Universidade Nacional de Carcóvia, Vladimir Chumakov, de revelar dados secretos sobre trilhos aceleradores eletromagnéticos e de transferir seus elementos a uma empresa mista da China e Ucrânia. Atualmente, em Carcóvia, o cientista está sendo processado sob a acusação de alta traição.

Os trilhos aceleradores eletromagnéticos podem servir de protótipo de armas do futuro – canhões eletromagnéticos que permitem fazer acelerar projéteis até velocidades inalcançáveis pelos canhões convencionais que utilizam energia de gases de pólvora. Chumakov, em suas palavras, estudava o problema a partir de 2005.
Em 2008, o cientista foi contatado por Alexei Rud, seu antigo estudante, que lhe propôs divulgar seus projetos no exterior. Chumakov experimentava na altura sérios problemas financeiros e aceitou a proposta. Rud apresentou-o na joint venture ucraniano-chinesa, dirigida por Serguei Chichotka. Em 2009, Chumakov concedeu à empresa materiais sobre pesquisas, para demonstrar suas capacidades. Rud e Chichotka também estão sendo inquiridos desde 2010.
Contudo, na opinião do SBU, Chumakov entregou à empresa mista não apenas seus projetos, mas também materiais secretos baseados em projetos desenvolvidos por outros cientistas ucranianos nos anos 90. As autoridades acusam Chumakov de transferir para os chineses tecnologias militares prometedoras e de fazer frustrar a segurança nacional do país.
É duvidoso que as tecnologias transferidas possam influir na segurança da Ucrânia. Há poucas probabilidades que canhões eletromagnéticos comecem a ser produzidos em série num futuro próximo. Mas as tecnologias de aceleradores eletrodinâmicos já se utilizam praticamente, servindo de base para o desenvolvimento de catapultas eletromagnéticas para porta-aviões, sistemas que garantem a decolagem de aviões e devem substituir catapultas de vapor mais complexas e pesadas e menos eficazes.
Até recentemente, os Estados Unidos foram o único país capaz de produzir catapultas eletromagnéticas. Novos sistemas foram testados numa plataforma terrestre em 2010 e devem ser montados nos porta-aviões de última geração do tipo Gerald Ford. A China é o segundo país do mundo, que está desenvolvendo tais catapultas. No início de 2012, tornou-se conhecido sobre êxitos no seu desenvolvimento e a condecoração do dirigente do grupo de projetistas, que se dedica a sua elaboração.
Se as acusações do SBU forem justas e os projetos de Chumakov terem contribuído consideravelmente para o sucesso do programa chinês, trata-se de uma vantagem gigantesca perdida pela Ucrânia. Provavelmente, ao contatar o cientista, os chineses, à conta de meios insignificantes, conseguiram adquirir uma tecnologia muito sensível, que abriu novas perspectivas para seu programa de porta-aviões. Diferentemente de catapultas de vapor tradicionais, os sistemas eletromagnéticos não apenas são mais eficazes, mas também não têm restrições severas em relação ao peso mínimo e máximo do avião lançado. Tais caraterísticas, por exemplo, permitem utilizá-los para o lançamento de aparelhos não tripulados relativamente pequenos.
Não se conhece contudo em que grau foram secretos materiais de Chumakov. Mas eles foram transferidos para a China no período de realização de um projeto científico muito importante de temática semelhante e poderiam contribuir para o seu sucesso. Não surpreende por isso o descontentamento do Estado ucraniano que em resultado não ganhou nada.
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru


Angola vira primeiro país do mundo a proibir o Islã

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As autoridades de Angola proibiram a religião islâmica e começaram a fechar mesquitas, em um esforço para frear a propagação do "extremismo" muçulmano, segundo meios de comunicação africanos.

De acordo com a ministra angolana da Cultura, Rosa Cruz e Silva, "o processo de legalização do Islã não foi aprovado pelo Ministério da Justiça e Direitos Humanos de Angola, e portanto as mesquitas em todo o país serão fechadas e demolidas".
Além disso, os angolanos decidiram proibir dezenas de outras religiões e seitas que, segundo o governo, atentam contra a cultura da nação, cuja religião majoritária é o Cristianismo (praticado por 95% da população).
Por sua vez, o jornal angolano O País informa que cerca de 60 mesquitas já foram fechadas, enquanto os representantes da comunidade muçulmana denunciam que estas medidas foram tomadas sem consulta e que eles não constituem uma pequena seita.
Não obstante, as autoridades de Luanda entendem esumiram que "os muçulmanos radicais não são bem-vindos no país e que o governo angolano não está preparado para legalizar a presença de mesquitas em Angola", nação que se converteu na primeira do mundo a proibir o Islã.
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru


Meteorito de Chebarkul foi encontrado

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Do lago de Chebarkul foi levantado o maior até agora fragmento do corpo de pedra. Mergulhadores e especialistas sugerem que se trata de um fragmento do conhecido meteorito de Chelyabinsk. O corpo celeste explodiu sobre a capital do sul dos Urais em 15 de fevereiro de 2013. Supõe-se que a maior parte do bólido extraterrestre caiu nas águas do lago perto da cidade de Chebarkul.


O fragmento do peregrino celeste pesando mais de 500 quilogramas foi encontrado num momento em que parecia que todos perdiam as esperanças. Os especialistas envolvidos na busca do meteorito já pouco acreditavam na sorte. Nos últimos dias o tempo esfriou bastante, os equipamentos começaram a falhar os barcos a motor se quebravam. A bomba de lama teve que literalmente ser completamente desmontada para voltar a funcionar novamente.
Apesar de tudo, a busca continuou, os mergulhadores desciam cada vez mais fundo nas águas do lago. Ainda não atingiram o fundo do lago, disse em entrevista à Voz da Rússia a porta-voz do Ministério de Segurança de Radiação e Ambiental em Chelyabinsk Marina Aleksandrova:
“A busca de fragmentos do meteorito foi realizada na zona do furo no gelo que ele fez ao cair. Foi delineado um círculo imaginário dentro do qual foi realizada a operação. Inicialmente, foi examinado o fundo do lago e os aparelhos mostraram a presença de um grande objeto. Os mergulhadores que realizaram os trabalhos por encomenda do nosso ministério, desceram a uma profundidade de 20 metros e lá, debaixo de uma espessa camada de lodo, foi finalmente descoberto o fragmento.”
O peso preliminar do achado é superior a 572 quilogramas, foi neste valor que a balança quebrou. O destroço foi içado com equipamento especial, tendo em conta as condições climáticas difíceis, disse em entrevista exclusiva à Voz da Rússia o chefe do grupo de busca Nikolai Murzin:
“Por haver muitas ondas à superfície da água ele foi içado até quanto o permitiram os pontões suaves. Depois o pedaço foi baixado suavemente sobre trilhos de aço, e só então puxaram-no para terra com um guincho. Antes disso, para evitar que se quebrasse, enrolamo-lo num cartaz. Do lugar onde ele estava até a costa são mais de dois quilômetros. O forte vendaval dificultava-nos o trabalho. Estamos muito perturbado. Ele estava no limite do nível no qual se pode trabalhar.”
Apesar de que o fragmento levantado ainda está por realizar, o mais provável é que este seja o meteorito procurado. Marina Aleksandrova também esta confiante disso:
“No lugar do levantamento do fragmento estiveram também especialistas da Universidade de Chelyabinsk. Por sinais externos eles caracterizaram este objeto como um meteorito. O fragmento é de uma cor escura, e tem alguns vestígios de uma queimadura ou de fusão. Se o exame confirmar a sua origem cósmica, o meteorito será colocado no Museu Regional de Chelyabinsk e estará aberto ao público. Qualquer pessoa poderá vê-lo.”
A operação de levantamento do meteorito durou mais de um mês. Durante este tempo, os mergulhadores conseguiram levantar 12 fragmentos. O maior deles pesava cerca de 20 quilogramas. Mas após terem estudado apenas quatro pequenos fragmentos, os cientistas reconheceram que eles vêm do espaço exterior. Sua idade já passa dos quatro e meio bilhões de anos.
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru


EUA transferem caças F-22 para Oriente Médio

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Um fotógrafo amador filmou um F-22, o único caça de quinta geração em serviço efetivo na Força Aérea dos EUA, a pousar nos Açores. Isso pode significar que os americanos estão criando um grupo de caças invisíveis no Oriente Médio.

O F-22 é um dos aviões de combate mais caros da Força Aérea dos EUA. Desde a entrada em serviço em 2005, ele nunca participou de batalhas aéreas. Até agora, o caça foi matriculado apenas nalguns esquadrões em território dos Estados Unidos.
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru


EUA: caças de sexta geração serão equipados com armas laser

EUA: caças de sexta geração serão equipados com armas laser

A Força Aérea norte-ameicana anunciou a aceitação dos pedidos para o fornecimento de lasers para o equipamento de caças de sexta geração.

Os representantes da Força Aérea informaram que o departamento está interessado no desenvolvimento de lasers de baixa potência para atrapalhar o funcionamento do radar inimigo, de lasers de média potência para destruir mísseis antiaéreos e de lasers de alta potência para atacar alvos aéreos ou terrestres.
Os militares gostariam de que os principais componentes de armas sejam testados em condições próximas à realidade até 2022.
Os caças de sexta geração estão sendo desenvolvidos pelas empresas Boeing e Lockheed Martin. Espera-se que os veículos sejam adotados pelas tropas até 2030.
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru


Bombardeiros russos alertam caças japoneses

Tu-142 (Bear-F)
Tu-142 (Bear-F)

Em 18 de novembro, caças da Força Aérea do Japão foram alertados por causa de dois aviões russos que passaram perto do espaço aéreo do país.

Dois bombardeiros estratégicos Tu-95 (Bear, no codinome da OTAN) passaram ao longo do arquipélago japonês, voando do lado da ilha de Okinawa na direção da ilha de Hokkaido. Logo a seguir, as aeronaves se dirigiram para Sakhalin. O espaço aéreo do Japão não foi violado.
Ontem, em 17 de novembro, jatos da Força Aérea japonesa também foram colocados em alerta devido à passagem perto das fronteiras do país de aviões Tu-142 (Bear-F) de reconhecimento marítimo.
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru


Exército russo vai receber tanques robotizados

Exército russo vai receber tanques robotizados

O Ministério da Defesa da Rússia pretende robotizar veículos blindados de combate.

Já existem vários modelos de uniforme para tripulantes desses veículos robotizados. O novo equipamento será ligado a uma placa eletrônica e a sistemas de suporte de vida das máquinas.
As novas tecnologias de engenharia já estão sendo utilizadas na modernização dos veículos Armata e Kurganets e incluem "a criação de uma plataforma técnica" para robotização de veículos blindados, informou o Ministério da Defesa. Além disso, os militares já testaram a conexão orgânica entre as máquinas e um sistema automatizado de comando e controle.
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru


Síria: o que poderá a Marinha russa fazer?

aleksandr shabalin, navio de desembarque

A Marinha russa está reunindo no mar Mediterrâneo a maior força naval desde a queda da URSS. O que poderá fazer a força operacional russa em caso de agravamento da situação?

O agravamento da crise síria e a perspectiva bastante real de início de uma guerra exigem da Rússia uma reação atempada aos acontecimentos, e a presença de navios de guerra significa, neste caso, mais do que simplesmente “mostrar a bandeira”.
Quais serão os instrumentos que podem aumentar a eficácia da presença naval russa nas áreas-chave do oceano global? Neste momento, no Mediterrâneo está concentrada uma força composta por mais de 10 navios e de um número indeterminado de submarinos. É a primeira vez em duas décadas, desde o desmantelamento da 5ª Esquadra Operacional (Mediterrânica) da Marinha de Guerra da URSS, em dezembro de 1992, que no Mediterrâneo se encontra tal quantidade de navios arvorando o pavilhão russo.
Antes de mais, chama a atenção a presença de uma grande quantidade de navios de desembarque pesados (LSH). No mar Mediterrâneo se encontram agora 7 LSH sob bandeira russa, incluindo dois da Frota do Pacífico, dois da Frota do Báltico e três da Frota do Mar Negro. Alguns deles já estão no mar há bastante tempo. Assim, o navio Alexander Shabalin zarpou de Baltiysk ainda em dezembro de 2012.
Existem várias razões para a presença de LSH. Uma das principais é a de estes países assegurarem um canal de auxílio por parte da Rússia ao governo legítimo da Síria na sua luta contra o terrorismo. Segundo informaram recentemente as agências noticiosas russas, citando fontes do Ministério da Defesa, esses navios foram usados para o transporte de armamento de forma a evitar a repetição do incidente ocorrido com o cargueiro Alaed, cuja viagem para a Síria transportando helicópteros foi impedida no verão de 2012.
A segunda missão dos LSH nessa região é a realização, em caso de necessidade, da evacuação de cidadãos russos da Síria, tanto os que lá se encontram em serviço, como os que têm residência permanente na Síria.
Vigilância e não só?
As missões da Marinha não se limitam, no entanto, a uma possível operação de evacuação, como o demonstra a presença no Mediterrâneo de navios de combate da Marinha de Guerra russa. Nos próximos dias, deverá chegar ao Mediterrâneo Oriental o cruzador porta-mísseis Moskva, que até agora esteve realizando no Atlântico e no Pacífico visitas a Cuba e à Nicarágua. Esse navio deverá se tornar no núcleo dessa força graças ao seu poderoso sistema de radares e à sua defesa antiaérea de longo alcance. O grupo de navios, reforçado com o Moskva, poderá também realizar uma série de missões em caso de início de uma guerra.
Em primeiro lugar, as capacidades do cruzador, reforçadas pelo equipamento dos navios de reconhecimento, permitem ter um panorama completo e fiável dos acontecimentos, cobrindo com uma imagem de radar todo o Mediterrâneo Oriental. A segunda missão será colocada à força naval pela direção do país e das suas Forças Armadas. Como resultado, as informações sobre os mísseis de cruzeiro norte-americanos detectados, em caso de os EUA começarem a bombardear a Síria, poderão ser transmitidas não só para Moscou, mas também para Damasco, facilitando a detecção e intercepção dos mísseis pela defesa antiaérea síria.
Apesar de todas as capacidades dos navios russos, a força como um todo tem um potencial bastante limitado, isso diz respeito especialmente às componentes aérea e anfíbia. Os LSH russos, que estão sendo usados neste caso como transporte, não são uma alternativa aos navios de assalto multiusos (LHA), capazes de assegurar uma presença a longo prazo no teatro de operações de uma força de fuzileiros navais com o respectivo apoio aéreo.
Uma presença nesta altura no Mediterrâneo de um ou dois LHA da classe Mistral, integrados na força, poderia reforçar qualitativamente o agrupamento, mas o primeiro navio da série, o Vladivostok, ainda está sendo construído em Saint-Nazaire. Um apoio ainda mais eficaz poderia ser prestado à frota por um porta-aviões, mas o único navio dessa classe existente na Marinha de Guerra Russa só irá iniciar a sua viagem para o mar Mediterrâneo em dezembro de 2013.
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru


Al-Qaeda começa caça a drones estadunidenses

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A Al-Qaeda criou várias células especiais, cujo objetivo é destruição, roubo ou neutralização de veículos aéreos não tripulados dos EUA.

A liderança da rede terrorista "tem a intenção de usar a vulnerabilidade tecnológica das aeronaves, que lhe causaram  enormes perdas".
Os melhores engenheiros da Al-Qaeda esperam conseguir um avanço tecnológico que lhes permita lidar com este inimigo. Ao longo da última década, os drones eliminaram mais de três mil integrantes da Al-Qaeda.


Soldados americanos irão ter equipamento de "Iron Man" (vídeo)

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De acordo com um porta-voz do Exército dos EUA, foi colocado o objetivo de desenvolver novo tipo de equipamento de proteção para soldados, que lhes dará "capacidades sobre-humanas".

O novo equipamento, denominado TALOS, deverá ter uma estrutura exoesquelética munida de uma cobertura protetora capaz de exercer funções da chamada blindagem inteligente ou ativa.
Segundo o porta-voz do Exército americano, tal fardamento também deverá ter um sistema de comunicação computadorizado e um computador portátil.


Recursos e aliados da Síria na eventual guerra

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As conversações sobre o futuro destino da Síria ainda não são concluídas e, portanto, mantém-se uma probabilidade de golpe militar da parte dos Estados Unidos. Washington declara diretamente que a violação por Damasco das decisões sobre a submissão das armas químicas ao controle internacional levará inevitavelmente a um cenário militar. Que podemos esperar do semelhante desenvolvimento da situação? Poderá o Exército sírio responder adequadamente a uma intervenção militar ou o país irá sofrer uma derrota relâmpago? Os peritos não são unânimes nesta questão.

A Síria não dispõe de meios militares e técnicos para repelir o eventual golpe das Forças Armadas americanas. Por isso, o Exército sírio pode ser um alvo fácil para a máquina militar americana, treinada em numerosas operações externas, considera o perito militar, Mikhail Khodarenok, em sua recente publicação.
O autor aponta que as tropas sírias não dispõem de meios avançados de luta radioeletrônica, que determinam em grau considerável a vantagem numa guerra contemporânea. Ao mesmo tempo, em geral, as forças governamentais da Síria são muito mais fracos do que seus “colegas” americanos, ressalta Khodarenok:
“Tal diz respeito aos meios de reconhecimento e aos meios ativos de ataque contra os agrupamentos opostos das Forças Armadas dos EUA. Naturalmente, referimo-nos à situação em que o conflito militar já tem começado. Os Estados Unidos irão atacar impunemente estruturas militares e centros administrativo-políticos da Síria, enquanto o Exército sírio não poderá contrapor nada à superioridade militar-técnica total.”
Em opinião do perito, militares americanos sempre irão adiantar-se a ações das tropas sírias: os dados de reconhecimento espacial e de agentes têm neste caso uma importância decisiva. Os Estados Unidos dispõem em grau suficiente dessas informações. Por outro lado, a defesa antiaérea da Síria tem equipamentos obsoletos e não forma um sistema integral. As tropas sírias não dispõem ainda de armas de alta precisão capazes de assestar golpes vulneráveis contra estruturas externas inimigas, que respondem pelo comando de operações. Mas os militares americanos, contrariamente, têm suficientes meios militares para fazer a guerra.
Refletindo em sentido global, o potencial militar-econômico dos dois países é incomparável e, a priori, o mais forte vence em tais conflitos.
Contudo, em opinião do dirigente do Centro de Conjuntura Política, Ivan Konovalov, a Síria é capaz de causar danos ao eventual adversário. Seu sistema de defesa antiaérea, apesar de não ser nova, tem grande número de instalações que podem abater aviões e mísseis de cruzeiro. O mais importante, porém, é o fator político e não puramente militar. Não é segredo que a Síria tem aliados e amigos, cujo apoio pode provocar grandes problemas aos EUA que não renunciam aos planos militaristas, considera o perito:
“Não se pode riscar os aliados da Síria. O país é apoiado pelo Irã e o movimento Hezbollah. O Irã tem enorme influência na diáspora xiita, divulgada em todas as monarquias do Golfo Pérsico, em muitas das quais os xiitas predominam, podendo assestar golpes de resposta contra os americanos. Sem dúvida, no caso de ataques diretos, a Síria tem poucas capacidades, mas, utilizando o termo de “guerra por procuração”, suas capacidades crescem consideravelmente”.
Em 15 de setembro, o Irã e a ONU assinaram um acordo de concessão de ajuda humanitária a Damasco. Ao mesmo tempo, Teerã anunciara anteriormente a disposição de prestar apoio militar à Síria no caso de ações armadas contra o país. Na altura, porém, o Irã teve em vista Israel, um dos protagonistas-chave na região.
Tais precedentes já foram fixados no decorrer do conflito sírio. Nestas condições muito instáveis, o golpe contra a Síria é desvantajoso em primeiro lugar para Israel, aliado principal dos EUA. Involuntariamente, aos olhos de xiitas, a agressão da América será projetada também para este país. Já se tornou habitual considerar o Irã como adversário ideológico, mas uma confrontação militar entre aqueles países irá explodir todo o Oriente Próximo, levando ao derramamento de muito sangue.
Por isso, o papel pouco sensível por enquanto do Estado hebreu como “refreador” político das ambições belicosas de Washington em relação à Síria pode tornar-se mais notável do que parece à primeira vista. Não é atoa que a direção israelense valorizou altamente os esforços diplomáticos de Moscou, que podem, finalmente, trazer a paz para a terra síria.
Mas os Estados Unidos podem ainda independentemente, sem a interligação Israel-Irã, “fazer muitos disparates”. É geralmente conhecida a precisão decantada das armas americanas. Há pouco que assassinatos maciços de civis no Iraque e no Afeganistão eram quase ordinários. A tentativa de abalar estruturas militares sírias com milhares de Tomahawks pode provocar infelizmente tiros incertos, inclusive fora do território sírio, acabando com a paciência de países da região.


China não conseguiu copiar motores de aviação russos

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Motor de aviação AL-31F

Representantes da Corporação da Indústria de Aviação da China comunicaram a jornalistas americanos na Exposição Aérea de Pequim que planejam no futuro próximo continuar a comprar à Rússia motores para seus aviões de caça.

Como declararam representantes da Corporação da Indústria de Aviação da China (AVIC), produtores russos de motores irão receber nos próximos 5-8 anos, no mínimo, encomendas da China, porque “a tecnologia de produção de motores de aviação continua a ser a mais complexa para a AVIC desde o ponto de vista da produção e projeção”, cita suas palavras a edição militar americana IHS Jane's Defence Weekly.
Apesar de no fim de 2012 a AVIC ter anunciado alcançar um progresso no desenvolvimento de ligas resistentes a altas temperaturas para motores de aviação, é evidente que motores russos RD-93 (companhia Klimov) e AL-31F (empresa Saturn) em versões de exportação continuarão a ser aplicados no futuro próximo em todos os caças chineses.
O motor RD-93 (versão de exportação do RD-33) foi desenvolvido em Leningrado (hoje São Petersburgo) na empresa experimental 117 para caças de quarta geração MiG-29. É bem conhecido que tais motores são fornecidos à China para serem montados nos caças Chengdu FC-1 Xiaolong. Além disso, há dados exatos de que o RD-93 se utiliza no último caça de quinta geração J-31, que levantou voo pela primeira vez em 31 de outubro de 2012.
Num outro novo caça chinês de quinta geração J-20 se aplica uma variante de motores turborreatores de dois circuitos AL-31F, desenvolvidos nos anos 70 para os aviões Su-27. Produtores chineses montam os mesmos motores em suas variantes do Su-27 (J-11) e cópias do caça de coberta russo Su-33 (J-15). Correm também boatos de que a China tenha pretendido obter da Rússia motores de última geração AL-41F1 (“Artigo 117”), utilizados em aviões PAK-FA e Su-35S.
Atualmente, a China está desenvolvendo vários motores de aviação com diferente propulsão máxima: WS-10, WS-13 e WS-15. O WS-10 foi testado pela primeira vez em 2002 e os dois restantes – em 2006. Contudo, os produtores chineses não conseguiram até hoje garantir boa segurança e livrar-se de defeitos durante a produção desses motores. Pelo visto, a declaração da AVIC pode significar que ainda não é possível levar à perfeição estes três programas e que a Rússia continuará a ser uma “locomotiva” na indústria de aviação chinesa.
Representantes da AVIC entreabriram também à Jane's a razão pela qual o país havia desenvolvido ao mesmo tempo dois caças de quinta geração – J-20 e J-31. Como se esclareceu, não está previsto fornecer os J-31 à Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China: “Este é um programa de exportação que irá competir com os F-35 americanos em mercados regionais”. Anteriormente fora apontado por peritos que, diferentemente dos J-20, os J-31 não levam sinais distintivos da Força Aérea da China.
A Jane's inteirou-se ainda que, contrariamente a anteriores comunicados, a China não prevê desenvolver uma versão de coberta do J-31. Segundo se afirmava antes, em aviões desta variante podem ser utilizadas asas com enflechamento negativo.
Como destaca a Jane's, os programas J-20 e J-31 constituem um enigma para os serviços de inteligência americanos. Conforme os documentos divulgados pelo antigo colaborador de serviços secretos dos EUA, Edward Snowden, a China, para a produção desses caças, poderia roubar secretos de redes do Pentágono e de seus empreiteiros e, embora estes aviões, segundo os dados das estruturas de inteligência americanas, se atrasem muito em relação aos análogos americanos pelo nível da tecnologia stealth, os Estados Unidos estão muito preocupados com rápido progresso da indústria de aviação chinesa.
Possivelmente, os J-31 com motores russos podem concorrer com os F-35, considerando sobretudo os problemas da produção e do encarecimento do caça americano. É pouco provável, contudo, que os J-31 consigam conquistar os aliados dos EUA, que em quaisquer circunstâncias irão preferir o avião americano.


Rússia e EUA estão à beira de uma nova guerra fria

Rússia e EUA estão à beira de uma nova guerra fria

A Rússia e os EUA vão se aproximando de uma nova guerra fria. Segundo dados de serviços sociológicos, para tal perspectiva têm apontado 50% dos russos e norte-americanos. Diante disso, de ambos os lados do Atlântico estão sendo indicadas causas diferentes.

Os russos mudaram a sua atitude positiva para com os EUA após o escândalo de espionagem com Edward Snowden, enquanto os americanos se opõem às tentativas de Moscou no sentido de apaziguar os ânimos belicistas de Washington na solução do conflito sírio. Assim chegou ao fim a euforia que surgira após a queda da “cortina de ferro”, reputam peritos.
O número dos russos, cientes de que entre Moscou e Washington pode eclodir mais uma nova guerra fria, cresceu 9%. Conforme as recentes publicações avançadas pelo Centro Nacional de Inquérito à Opinião Pública (CNEOP), 45% dos interrogados admitem tal cenário pessimista.
Os resultados do monitoramento feito pela mídia social (internet-fóruns, blogues e diários) têm sido mais impressionantes. A agência Socialnye Seti (Redes Sociais) afirma que cerca de 80% dos usuários da internet mais ativos não excluem a probabilidade de guerra fria que talvez já tenha iniciado. Com isso, salienta-se que a quantidade dos russos de ânimos pró-americanos dos EUA não mudou. Isto significa que os “hesitantes” acabaram por definir suas posições desfavoráveis em relação aos EUA, constata Olga Kamenchuk, diretora do serviço das relações públicas do CNEOP.
"Nos últimos tempos, nas relações russo-norte-americanas têm havido muitas divergências. Tal diz respeito ao caso Snowden e ao conflito sírio. Isto, claro, não acrescentou motivos para as avaliações otimistas. Assim, por exemplo, no caso Snowden, a maioria dos russos acreditava que a posição assumida pela Rússia teria agravado as relações com os EUA. No entanto, apenas 15% vieram protestar contra seu asilo político. O mesmo acontece com a Síria. Os russos compreendem que o posicionamento russo tem vindo a complicar as relações com os EUA, mas, apesar disso, se pronunciam pelo enfoque independente do governo nessa questão."
Os americanos têm revelado uma atitude análoga. Segundo a Gallop, pela primeira vez desde 2000, aumentou a percentagem dos que se opõem à Rússia. A quebra do ranking dos EUA coincidiu com o incidente ocorrido a Snowden, enquanto os americanos “deixaram de amar” a Rússia após os enérgicos passos, empreendidos por Moscou para regularizar a crise síria.
Todavia, a questão não se limita a simpatias ou antipatias dos cidadãos comuns. Em ambos os países existem grupos de seguidores da política rígida e quando alguma alteração do rumo escolhido não vai encontro dos seus interesses, põem-se a empreender ataques recíprocos mediante a mídia, opina o politólogo, dirigente das pesquisas intelectuais do portal Terra America, Kirill Benediktov.
"Nos EUA existe um “partido de guerra”. Em contrapartida, na Rússia há um grupo de pessoas que preconiza a via de desenvolvimento independente e a saída da economia russa do controle internacional. Este conflito é capaz de virar uma premissa de nova guerra fria. Falamos dos sinais de hostilidade atuais, enquanto não espirou o mandato presidencial de Barack Obama. No caso de chegada ao poder de um candidato pelo partido republicano, inclinado mais para a confrontação com a Rússia, os sementes da guerra fria podem vir a brotar e crescer. Nesse caso, nos encontraremos perante uma situação semelhante à da década de 60-70 do século passado."
Dito de outra forma, vão passando os sentimentos eufóricos que surgiram após a queda da “cortina de ferro”, o desmoronamento da URSS e a assinatura do Tratado de Limitação dos Armamentos Estratégicos Ofensivos. Para o primeiro plano passam as contradições relativas ao futuro destino do sistema mundial. Os cidadãos notaram que os apertos de mão dos seus líderes vêm sendo acompanhados com sorrisos cada vez menos largos.
Mas para agir em comum não é necessário amar um a outro ou travar amizades. Basta manter as relações de parceria leais. Por isso, aqueles questionados russos que não gostam muito dos EUA, salientam ser preciso juntar esforços para alcançar êxitos no combate ao terrorismo e na solução de outros problemas mundiais da atualidade.


Rússia apresenta novo paraquedas para forças especiais

paraquedas

Durante a feira Interpolitex 2013, a holding russa Aviatsionnoe Oborudovanie (Equipamento Aeronáutico) apresentou um novo paraquedas destinado aos serviços de emergência. É um sistema versátil que se transforma de paraquedas normal em equipamento único, utilizado para saltos em altitudes extremamente baixas em zonas de difícil acesso.

Segundo os autores da invenção, batizada como D-10P, trata-se de uma nova versão do sistema D-10, um paraquedas de série utilizado nas Tropas Aerotransportadas (TAT). Altamente seguro e provado pelo tempo, este dispositivo se destina a saltos a partir de avião voando a altitudes entre os 200m e os 2.000m. O novo sistema permite saltos a 50 metros de altitude, em que o paraquedista permanece no ar o máximo de 6 a 7 segundos, tempo insuficiente para o paraquedas normal se abrir.
Contatado pela Voz da Rússia, o diretor geral da holding, Maksim Kuzyuk, especificou a quem se destina o paraquedas D-10P:
“Este paraquedas foi concebido para ser usado em helicópteros, especialmente em saltos de baixa altitude. Tal necessidade surge em operações especiais e de resgate, em que o helicóptero não pode pousar, ou em locais de difícil acesso, quando o paraquedista deve pousar em um ponto exato para evitar fogo ou quaisquer outros obstáculos”.
Os engenheiros previram a possibilidade de rápida transformação do paraquedas clássico D-10 em D-10P e vice-versa. Forças especiais ou equipes de resgate, tanto russas como estrangeiras, são clientes potenciais da inovação.
Esta inovação não tem concorrentes. Segundo Maksim Kuzyuk, a altitude mínima em que se abrem dos produtos estrangeiros do mesmo tipo é de 150 metros. Três vezes mais do que o D-10P! É isso que leva o diretor-geral da Aviatsionnoe Oborudovanie a esperar que a invenção de sua empresa interesse especialistas estrangeiros:
“A novidade pode interessar, em particular, os países que têm grandes quantidades de helicópteros “MI 8”, nomeadamente, a Índia, países do Norte de África e da América do Sul. Em nossa opinião, o produto tem um bom potencial de venda”.
No ano passado, o paraquedas D-10P foi testado com manequins e paraquedistas. Os testes comprovaram a eficácia e a segurança da inovação russa.


Restos mortais de extraterrestre encontrados no México

Restos mortais de extraterrestre encontrados no México

De acordo com testemunhas oculares, no dia 22 de setembro, no céu noturno na região da península de Yucatán, foi possível ver um estranho objeto voador  com o brilho azul que, em seguida, caiu.

Os moradores locais encontraram o local da queda do objeto, que deixou duas crateras bastante profundas. As testemunhas afirmam que os destroços encontrados lembram o cadáver de um extraterrestre, com mãos e pés.
Foto: www.infuture.ru
Foto: www.infuture.ru
Os funcionários do Instituto Tecnológico de Mérida, que chegaram logo ao local, afirmaram que provavelmente se tratou de pedaços de lixo espacial. Todos os objetos encontrados foram entregues ao Instituto para estudos mais detalhados.
Foto: www.infuture.ru
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Artilharia russa supera armas estrangeiras

rússia, defesa

As armas de artilharia e de mísseis desenvolvidas na Rússia não são inferiores aos seus análogos estrangeiros, e em alguns momentos ainda superam-nos, declarou este sábado em entrevista a jornalistas o chefe das Tropas de Mísseis e Artilharia da Rússia, major-general Mikhail Matveevsky.

"Em fim, todos os nossos ataques devem ser "bonitos": certos, exatos e precisos", disse ele.
Matveevsky explicou que na criação de novos protótipos de armas são usadas abordagens inovadores, enquanto "inovações, modernização e proteção são os princípios fundamentais".



Irã apresenta novo drone-kamikaze

Irã apresenta novo drone-kamikaze

A TV iraniana transmitiu os testes de exibição do novo drone-kamikaze iraniano, destinado a destruir alvos estacionários e móveis. Os peritos repararam que o aparelho estava ensamblado com ajuda de fita colante.

O desenvolvimento do novo avião não-tripulado tinha sido anunciado em setembro passado, mas ele foi apresentado ao amplo público só um mês depois. O avião não-tripulado Raad 85 é um aparelho comandado por controle remoto e está recheado de explosivos. Segundo os desenhistas, ele não ataca os alvos com mísseis, como faz a maioria dos drones de combate, mas colide com eles, se fazendo explodir.


Estátua de Cristo de 32 metros é erigida na Síria

entrevista, Síria, Samir Shakib El-Gadban, estátua de Cristo

Na Síria, no lendário Monte dos Querubins, foi erigido um grandioso conjunto escultórico chamado "Eu vim salvar o mundo”. O monumento de bronze, representando o Salvador abençoando, tem uma altura de 32 metros com o pedestal e é bem visível desde o Líbano, da Jordânia, da Palestina e de Israel, e constitui uma espécie de símbolo da esperança na paz, não só na Síria, mas em toda a região do Oriente Médio. O diretor da St. Paul and St. George Foundation, Samir Shakib El-Gadban, participante na edificação do monumento e um dos autores da ideia, falou sobre isso na sua entrevista à Voz da Rússia.

A ideia de criar uma escultura deste tipo surgiu ainda no tempo em que a Síria estava longe dos acontecimentos trágicos que ocorrem atualmente no país. Se tratava de um grande projeto para a recuperação e reforço das ligações espirituais multisseculares entre a Rússia e os países do Oriente Médio, explica Samir El-Gadban.
A ideia surgiu em 2005 com a bênção de Inácio IV, na altura Patriarca de Antioquia. Foi ele justamente o autor dessa ideia. A escultura representa a imagem da Segunda Vinda de Cristo. Jesus, que abençoa com ambas as mãos, pisa uma serpente que simboliza o mal. Ele tem à sua direita Adão e à sua esquerda Eva, cabisbaixa. Havia vários locais possíveis para a colocação do conjunto. No final o Patriarca de Antioquia escolheu o Monte dos Querubins. Como se sabe, os querubins são um símbolo do Velho Testamento usado pelo Cristianismo e não negado pelo Islã.
As obras desse projeto invulgar demoraram 8 anos e nelas participaram o clero da Síria, teólogos do Mosteiro da Santíssima Trindade na Rússia e um escultor da Armênia. Não um existe um autor em concreto, a composição foi criada, como se diz, por todo o mundo. A etapa mais difícil foi a última – a colocação da escultura, que decorreu já durante o confronto militar na Síria.
"A colocação da estátua foi uma operação muito complexa porque o equipamento pesado não podia ser transportado para as montanhas. Todas as estradas estavam bloqueadas. Parte delas era controlada pelos rebeldes e parte pelo exército sírio. Era necessário a autorização de todas as partes para que autorizassem a passagem dos equipamentos. Mas sabe, conseguimos fazê-lo. Nós transportámos a maquinaria e conseguimos o acordo de que durante a colocação da estátua não se iria ouvir um só tiro. Durante três dias nenhuma das partes abriu fogo."
Não há nada de espantoso e de estranho no fato de uma estátua de Jesus Cristo ter surgido num país onde neste momento a esmagadora maioria dos seus habitantes são muçulmanos, explica Samir.
"Nós fizemos esta escultura com base em posições de não-negação de qualquer das religiões. É comumente considerado, por exemplo, que o Islã não aceita as esculturas. Nós próprios estudámos a relação do Islã com a escultura e a pintura cristãs. No Corã não encontrámos uma única palavra que as refute. Da mesma forma não encontrámos nada que as aprove. Nós colocámos, juntamente com muçulmanos e líderes espirituais islâmicos, na base dessa escultura no Monte dos Querubins cápsulas com palavras do apóstolo Paulo."
Samir El-Gadban sublinhou especialmente que a composição “Eu vim salvar o Mundo” tem um significado espiritual profundo não só para os cristãos, mas também para os muçulmanos e os judeus. Ela poderá se tornar num símbolo de paz em toda a região do Oriente Médio.
"Cristo é para todos. Todo o mundo muçulmano também aguarda a Segunda Vinda. Ela deve acontecer na Mesquita dos Omíadas, onde se encontram, aliás, as relíquias de São João Batista. O Islã considera que Cristo descerá sobre o minarete branco de Isa (Jesus) dessa mesquita e então terá lugar a redenção da humanidade. A imagem da Segunda Vinda é um símbolo para as três religiões monoteístas. Nós gostaríamos que o nome de Cristo fizesse parar a chacina que está acontecendo na Síria. A nossa escultura é talvez a única no mundo que não celebra o passado, mas o futuro. É uma escultura da esperança em Cristo. Todos nós, as pessoas que esperam Cristo em vez de quaisquer decisões políticas, aguardamos essa salvação."
É simbólico que o monumento na Síria tenha sido colocado durante a festa cristã ortodoxa da Proteção da Santíssima Mãe de Deus e no dia em que os muçulmanos de todo o mundo realizam a grande permanência no Monte Arafat. Esse é o momento culminante do Hajj, a peregrinação sagrada às cidades santas de Meca e Medina e que termina com a festa do Eid Al-Adha.


Como a China utilizará suas ogivas nucleares?

Como a China utilizará suas ogivas nucleares?

Um relatório recentemente publicado da Comissão do Congresso dos EUA para Relações com a China na Esfera da Economia e Segurança indica que o foguete balístico intercontinental chinês de baseamento marítimo JL 2 se aproxima da prontidão combativa inicial.

Nos últimos tempos, esta já é a segunda declaração análoga da parte americana que adverte que o componente marítimo das Forças Nucleares Estratégicas da China se transforma numa ameaça real para os Estados Unidos.
Em julho, a mídia americana comunicou, citando uma fonte governamental, que submarinos atômicos chineses portadores de foguetes podem iniciar patrulhamento de combate já no próximo ano.
O primeiro submarino atômico chinês do projeto 092 Grande Marcha 6 ou Xia (segundo a classificação ocidental) com 12 foguetes a bordo entrou em exploração em 1987, mas durante todo o tempo de serviço não participou em nenhum patrulhamento combativo, partindo para o mar em breves navegações para manobras e testes.
Hoje a China está construindo uma frota inteira de submarinos atômicos portadores de foguetes: a série de submarinos do projeto 094 conta com cinco navios, três dos quais já foram construídos; está sendo elaborado o projeto 096, que, diferentemente dos projetos 094 e 092, está destinado para transportar 24 e não 12 foguetes. Durante muito tempo, os foguetes foram um local fraco do projeto. Novos submarinos deveriam ser equipados de foguetes intercontinentais, mas, no decorrer de muitos anos, os ensaios destes foguetes não foram bem-sucedidos. Contudo, em 2012, aconteceu uma virada positiva nos testes e os últimos impedimentos para o desenvolvimento das forças marítimas chinesas de dissuasão desapareceram.
Os primeiros três submarinos atômicos da China, postos em exploração, terão 36 foguetes balísticos intercontinentais. Quando a quantidade de submarinos atingir cinco unidades, o número de foguetes alcançará 60. No futuro, a sua quantidade poderá crescer na medida de construção de grandes submarinos do projeto 096. No momento atual, não há dados que testemunhem que foguetes chineses têm ogivas separáveis. Mas, ao que tudo indica, o aperfeiçoamento destes foguetes irá continuar e a China, como outras nações que utilizam submarinos atômicos de mísseis, irá munir seus foguetes de ogivas separáveis de apontamento individual.
A construção de um potente elemento marítimo das forças nucleares estratégicas tem por tarefa manter prontas para o uso permanente as armas nucleares instaladas a bordo de um submarino atômico que se encontre no mar. Sem dúvida, os chineses já têm o seu próprio sistema de procedimentos no uso de armas nucleares da Marinha, testado no submarino experimental do projeto 092. No entanto, na medida do crescimento do potencial nuclear chinês, tais questões tornam-se centro de atenções do mundo.


O barão do Rio Branco e a aproximação política entre o Brasil e a Rússia

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Os primeiros passos no sentido do estabelecimento de um entendimento político mais estreito entre o Brasil e o Império Russo no século XIX estão ligados indissoluvelmente à atividade do “chanceler de ouro” do Brasil, José Maria da Silva Paranhos, conhecido como o barão do Rio Branco. É este o tema da edição especial da revista histórica Rodina (Pátria), dedicada aos 185 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre a Rússia e o Brasil.

Para começar, convém descrever em poucas palavras a situação política interna e externa que serviu de pano de fundo para o desenrolar destes acontecimentos. O historiador António José Ferreira Simões descreveu da seguinte maneira a situação daquela época: “José Maria da Silva Paranhos era ministro das Relações Exteriores de um país, cujas instituições ainda não se tinham formado. O Brasil, que se tinha tornado república há pouco tempo, se deparava com graves problemas internos da dívida externa e a sua economia dependia da exportação de uma única cultura – o café. Os fazendeiros ricos apenas começavam a adaptar-se à abolição da escravatura. Mas mesmo nestas condições, Rio Branco aguardava o momento de formação de um ambiente favorável para uma política externa ativa, o que lhe granjeou de direito o lugar de honra no panteão de heróis da nação”.
Enquanto exercia o seu primeiro cargo diplomático – o de vice-cônsul do Brasil em Liverpool – José Maria da Silva Paranhos, que tinha então 39 anos, revelou grande interesse em relação a longínqua Rússia, à sua gente, à sua arte e literatura que começaram a conquistar naquela época a popularidade no mundo inteiro. Foi precisamente por isso que em 1884 o ministro da Agricultura Afonso Augusto Moreira Pena o encarregou de chefiar a delegação brasileira na Exposição Agrícola Mundial que se realizava em São Petersburgo. O objetivo do Brasil era fazer propaganda da sua mercadoria principal – o café – num país que tomava exclusivamente o chá. A atividade que o futuro ministro desenvolveu neste seu posto pode servir, certamente, de exemplo para muitos dos nossos promotores da exportação nacional no estrangeiro.
Depois de chegar à capital do Império Russo, José Maria não perdeu tempo à toa. Ele dedicava no mínimo duas horas por dia a contatos com a imprensa, falando do Brasil que os russos praticamente desconheciam e preparava, ele próprio, os materiais informativos sobre o seu país. Pouco tempo depois, os jornais de São Petersburgo já informavam que o pavilhão brasileiro virou um dos “centros mais elegantes da cidade”. Cada pessoa que o visitava tinha o direito a uma xícara gratuita de café aromático brasileiro. E durante o dia o pavilhão recebia até vinte mil visitas!
O futuro “chanceler de ouro” aproveitava todo o seu charme pessoal para explicar neste pavilhão às damas de São Petersburgo como se devia preparar o café. Ele doou vinte sacos de café ao hospital dos inválidos das guerras balcânicas e o imperador russo foi informado imediatamente disso. Logo no outro dia, o imperador Alexandre III, acompanhado pela imperatriz Maria Fiodorovna, visitou o pavilhão brasileiro. O monarca provou o café e revelou grande interesse em relação à vida no Brasil.
Depois da exposição, Silva Paranhos foi agraciado com a primeira condecoração russa – ordem de Santo Estanislau do II grau – e, depois de retornar a Liverpool, foi promovido a conselheiro.
O barão do Rio Branco considerava que em fins do século XIX – princípios do século XX formaram-se condições exclusivamente favoráveis para a intensificação das relações russo-brasileiras tanto na esfera econômica, como política. Uma prova disso foi a sua brochura “O Brasil na Exposição Internacional”, editada em francês em São Petersburgo. O barão apresentava ao leitor russo um país pouco conhecido naquela época e exortava a aumentar o comércio bilateral e estabelecer relações econômicas estáveis entre os dois Estados-gigantes.
Até 1892, quando foram publicadas as memórias do viajante e embaixador russo no Brasil Alexander Ionin, esta brochura era, na realidade, o primeiro e único livro sobre o Brasil editado na Rússia. Depois de retornar ao Rio de Janeiro, Silva Paranhos apresentou um informe sobre a Rússia no Ministério das Relações Exteriores. As teses básicas deste informe foram publicadas em 07 de agosto de 1884 no Jornal de Comércio, editado no Rio de Janeiro. O diplomata insistia na organização do “comércio regular e direto” entre os dois países e manifestou o desejo de que a exposição passada “não fosse tão-somente um espetáculo decorativo”.
Mas o barão do Rio Branco teve a oportunidade de ver esta sua convicção no plano prático somente em 1902, depois da nomeação para o cargo de ministro das Relações Exteriores. Foi a Segunda Conferência de Paz de Haia, convocada por iniciativa do imperador russo Nicolau II, que deu um importante impulso para a aproximação política dos dois países. Nesta conferência, foi criado o Tribunal Internacional de Arbitragem.
A conferência de paz de Haia aprovou uma série de importantes documentos referentes às leis de condução da guerra na terra e no mar, que continuam em vigor mesmo hoje em dia. Ela consagrou a norma do direito internacional, de acordo com a qual a força militar não pode ser utilizada para cobrar dívidas.
A intenção do barão do Rio Branco de estabelecer relações de parceria mais estreitas com a Rússia haveria de se concretizar em 1909. Nessa altura, Silva Paranhos propôs ao novo ministro plenipotenciário da Rússia no Rio de Janeiro, Piotr Maksimov, firmar um acordo russo-brasileiro, assim como um tratado sobre a colaboração econômica. Ao apresentar as suas credencias, Maksimov entregou ao barão do Rio Branco a Ordem Russa de Águia Branca – um sinal de reconhecimento da participação ativa do diplomata brasileiro nos trabalhos da Conferência de Haia. Silva Paranhos ofereceu, por sua vez, um almoço em homenagem ao ministro russo, durante o qual fez questão de apontar o papel ativo que a Rússia tinha desempenhado na política europeia e mundial e, em particular, na regularização pacífica dos litígios internacionais.
Ao mesmo tempo, os diplomatas russos certificavam-se cada vez mais de que as perspetivas de relações econômico-comerciais entre a Rússia e o Brasil eram favoráveis. O ministro russo na Argentina Evgueni Stein constatava com amargura que “o nível de desenvolvimento das nossas relações comerciais com o Brasil é baixo”, ressaltando, ao mesmo tempo, que “não devemos menosprezar a disposição favorável dos brasileiros em relação ao nosso país”. “Aqui, na América Latina, para a Rússia tudo e em toda parte é interessante", opinava o embaixador Maksimov. "É uma pena que os nossos homens de negócios não queiram saber isso”.
Infelizmente, é preciso constatar com pesar que muito do que foi dito naquela época continua em grande parte válido também hoje em dia...


A Rússia e a União Europeia estão em estado de “guerra fria”

A Rússia e a União Europeia estão em estado de “guerra fria”

“A pesada mão de Moscou pressiona os vizinhos”, “A situação na Rússia está próxima de um golpe de Estado”, “Putin luta com as ONGs”, “Moscou deve rever os métodos de sua política externa”. Eis apenas alguns títulos de artigos da mídia ocidental nas últimas semanas. A linha de produção de informações anti-russas ativou-se depois da recente vitória diplomática da Rússia na questão síria. Embora  a “guerra fria” no campo da informação nunca tenha parado, ela é agora mais intensa, assinalam os especialistas.

A guerra de informação é um fenômeno velho como o mundo. Já os autores da antiguidade contavam com pormenores sobre requintadas campanhas de agitação, com ajuda das quais os políticos da antiguidade tentavam desmoralizar os adversários.
A Rússia contemporânea, que ocupa um oitavo do globo terrestre e possui o segundo exército mais forte do mundo, tem de combater também no campo da informação. Os principais adversários são os chamados países do Ocidente, especialmente os EUA e a Grã-Bretanha.
A agitação anti-russa consiste na tentativa de convencer os russos da verdade de ideias convenientes ao Ocidente. Algumas delas são francamente mentirosas e absurdas, outras são deturpação de fatos reais. E introduzem ideias inimigas através da repetição múltipla por meio de diferentes canais de transmissão de informação.
A principal premissa é simples. Na Rússia tudo é absolutamente ruim: o presidente – um ditador revanchista, o governo –é incapaz, a economia está arrasada e assim por diante, segundo a lista. O Ocidente é infinitamente mais desenvolvido e civilizado. Lá tem mais liberdade, mais ordem, mais dinheiro e até mesmo mais bondade. Os artigos ocidentais pelo padrão são melhores do que os russos e os políticos ocidentais mais honestos e inteligentes.
A vantagem de tal premissa informativa é extraída imediatamente em várias direções: é o apoio de outras ideias, que partem do “sábio Ocidente”, é a aspiração a “votar com as pernas”, emigrando para algum país ocidental.
Se os verdadeiros canhões nos combates das potências mundiais têm estado em silêncio, a canhonada dos combates informativos não cessa nunca. Fato é fato. A Rússia e a União Europeia estão em estado de “guerra fria”.
A arena de combate é ampla: é a Síria e os países que estão na encruzilhada entre a União Europeia e a União Aduaneira e divergências na compreensão das liberdades democráticas, diz o enxadrista internacional e cientista político Alexei Kuzmin:
“Fazendo uma analogia com o xadrez, passos políticos reais podem ser semelhantes a manobras estratégicas e aos ataques da mídia – operações táticas no tabuleiro de xadrez. Um dos principais postulados do xadrez diz aforisticamente: “A tática ao serviço da estratégia”. Isto é, ataques bruscos de caráter tático devem ser realizados na trama de uma linha estratégica geral profundamente pensada. Os chefes militares ocidentais das “guerras frias” sabem muito bem disto. E uma certa dissonância entre as ações, no geral contidas, dos líderes dos países e a campanha hostil desenfreada na mídia não deve enganar ninguém. São elos de um plano estratégico único lançado em Bruxelas por estrategistas de Washington e neste ou naquele grau apoiado por jogadores europeus”.
Graças a operações táticas bem-sucedidas na partida de xadrez, às vezes consegue-se corrigir mesmo erros de cálculo estratégicos sérios. Por isso, não é de surpreender que depois do fracasso na tentativa de organizar uma invasão militar na Síria, prevenida por Moscou, a mídia ocidental tenha lançado sobre a Rússia uma rajada inteira de ataques massivos.
O aspeto psicológico no xadrez é um dos mais importantes. No final de contas, se você próprio não acredita totalmente na justificativa dos ataques, ninguém poderá convencê-lo disto. Começa esta contraposição de caracteres ainda no aperto de mão, antes da partida. Mas também prossegue não apenas durante o jogo, mas também na conferência de imprensa que se segue. O principal objetivo de falar aos jornalistas é convencer o adversário de que são inúteis as pretensões à vitória na partida, torneio ou campeonato mundial.
Assim, não há nada de surpreendente no fato de que, depois do triunfo diplomático russo na Síria, na mídia ocidental se tenham lembrado dos esquemas batidos de pressão midiática, considera o grão-mestre do xadrez e analista Vladislav Tkatchev.
“Os esforços da Rússia na criação da União Aduaneira Euroasiática não passaram de um “gambito”, isto é, sacrifício notoriamente sem perspetiva a favor de ambições imperiais ainda não sepultadas. O escândalo diplomático nas relações com a Holanda é o retorno à antiga prática de intimidação do KGB, as divergências com a União Europeia –uma tentativa de chantagem etc. Bashar Assad é o mal em aspeto puro, a contraposição a ele são os combatentes pela liberdade, Bruxelas e Washington semeiam exclusivamente o bem e os valores humanos. É evidente o desejo de convencer os políticos russos de que não são naturais e são absurdas as defesas dos próprios interesses em face do consenso mundial já alcançado.”
No coro das vozes anti-russas se quisermos podemos destacar também as opiniões equilibradas. Por exemplo, no La Stampa italiano, o famoso observador Roberto Toscano escreveu que a vitória política de Putin, na história do desarmamento químico da Síria, não é um caso único. Estes acontecimentos devem ser encarados como resultado da estratégica política coerente da Rússia.
Toscano pergunta: “A Rússia está recuperando a sua influência. Serão compatíveis estes anseios com os interesses dos europeus e italianos?” E responde: “o líder russo é ambicioso, mas não sofre de mania das grandeza. Putin decidiu que a diplomacia para seu país é o único meio de defender seus interesses e melhorar a imagem.”
Ou seja, cada um decide por si próprio se deve acreditar ou não nas obras dos “especialistas ocidentais de fama mundial”. E os analistas lembram: a dureza dos ataques do adversário depois da partida é a melhor prova de que tudo se desenvolve bem no tabuleiro de xadrez para a parte russa.


Astrônomos descobrem três maiores asteroides perto da Terra

Astrônomos descobrem três maiores asteroides perto da Terra

Astrônomos descobriram, no final de outubro, três asteroides que estão se aproximando da Terra – dois deles ficaram no segundo e terceiro lugar entre os maiores objetos próximos da Terra, e os cientistas da NASA estão surpresos com o fato de os objetos terem permanecido sem serem registrados durante tanto tempo.

O asteroide 2013 UQ4 de 19 km foi descoberto pelo projeto norte-americano de rastreamento do céu Catalina, em 23 de outubro. No último dia de outubro, o Catalina encontrou também o asteroide 2013 US10 de cerca de 20 km de diâmetro, segundo os astrônomos.
O terceiro asteroide 2013 UP8 foi notado pelos especialistas do projeto Pan-STARRS, em 25 de outubro. Este pequeno objeto, em comparação com os outros dois, é de 2 km de diâmetro e está incluído na classe dos asteroides potencialmente perigosos.


Rússia apresentou ultimato à Holanda

Rússia apresentou ultimato à Holanda

Os Países Baixos deverão dar explicações completas sobre o incidente que envolveu um diplomata russo até as 18h00 (hora de Moscou) de hoje, terça-feira, declarou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

Antes, foi comunicado que o embaixador da Holanda havia sido convocado ao MRE da Rússia, tendo lhe sido entregue uma nota de protesto por motivo da agressão a Dmitri Borodin, ministro-conselheiro da embaixada da Rússia nos Países Baixos.
Segundo o porta-voz do MRE russo, homens armados irromperam no apartamento de Borodin em Haia, espancaram-no sob um pretexto inventado, levaram-no para uma delegacia policial, onde o mantiveram quase até a madrugada e depois soltaram-no sem ter apresentado quaisquer desculpas nem explicações.


Rússia vai oferecer ao Brasil coprodução do caça T-50

caça T-50, aviação

Durante as negociações no Brasil, a delegação russa vai oferecer uma coprodução de modelos promissores de aviões de quinta geração.

A delegação russa, chefiada pelo ministro da Defesa, Serguei Shoigu, realizará entre 14 e 17 de outubro visitas ao Peru e Brasil. Nas conversações está prevista discussão das questões de cooperação militar e técnico-militar.
"Nas negociações no Brasil, estamos prontos para oferecer não só a compra de aeronaves modernas acabadas como o Su-35, mas também a produção conjunta de modelos promissores de aviões como o T-50," disse um dos integrantes da delegação.


EUA lançam à água novo porta-aviões nuclear

EUA lançam à água novo porta-aviões nuclear

Teve início no porto da cidade norte-americana de Newport News a cerimônia de lançamento à água do porta-aviões USS Gerald R. Ford, batizado em honra do 38º presidente dos Estados Unidos.

O porta-aviões está equipado com novas unidades propulsoras nucleares, catapultas eletromagnéticas, assim como com uma plataforma de decolagem aperfeiçoada, informa a mídia.
De acordo com as declarações de entidades oficiais estadunidenses, o custo aproximado de um porta-aviões desta classe será da ordem dos 13 biliões de dólares.
Antes do lançamento do USS Gerald R. Ford a Marinha dos EUA dispunha de 10 porta-aviões.


Buran, o pássaro solitário do espaço soviético

Vinte e cinco anos atrás, em 15 de novembro de 1988, aconteceu um evento sem precedentes na história da cosmonáutica mundial – foi lançado, a partir do cosmódromo de Baikonur, o sistema espacial reutilizável soviético Energia-Buran. O gigantesco avião espacial, o “shuttle soviético”, realizou seu voo em modo totalmente automático, o que foi posteriormente inscrito no Livro de Recordes Guinness.

Criatura da “guerra fria”, construída em oposição ao Space Shuttle norte-americano, o qual, segundo afirmações de analistas militares soviéticos, podia largar da órbita da Terra bombas nucleares sobre Moscou, o Buran foi projetado para nivelar as chances das duas superpotências de se destruírem mutuamente, recordou à Voz da Rússia Alexander Zhelezniakov, da Academia Russa de Cosmonáutica:
“O Buran foi concebido exclusivamente como um sistema de lançamento de estações orbitais pesadas de uso militar. Foi uma forma de resposta ao programa SDI dos EUA, que naqueles anos estava sendo ativamente promovido do outro lado do oceano. Foi para não ficar completamente indefesa no caso de implantação pelos Estados Unidos de seus sistemas militares de ataque no espaço que a União Soviética criou o Buran. Ele devia se tornar um sistema de neutralização.”
Mas na altura em que Buran começou a voar, a situação no mundo já havia mudado, a tensão nas relações entre Moscou e Washington haviam diminuído e a economia da União Soviética estava avançando a largos passos para o colapso. Nestas circunstâncias, os militares perderam o interesse no sistema espacial reutilizável, e a indústria aeroespacial civil não estava em condições de manter o Buran, nota o editor-chefe da revista Notícias de Cosmonáutica Igor Marinin:
“Até o final da década de oitenta, a economia soviética se tornou tão decrépita que esse projeto deixou sem vida outras áreas da indústria espacial. O fato de que o Buran acabou por não ser utilizado foi devido à falta de fundos para o desenvolvimento de carga útil tanto para o Buran como para o foguete de lançamento. A Energia era capaz de lançar, sem o Buran, satélites pesando até cem toneladas. Um tal satélite leva dez anos a construir. E a Energia devia voar várias vezes por mês. O Buran podia levar trinta toneladas de carga, mas onde encontrar tais satélites?”
Com o tempo, os norte-americanos também abandonaram seu sistema reutilizável. O programa Space Shuttle, que era posicionado pelos Estados Unidos como o sistema mais barato e confiável de lançamento de cargas úteis para o espaço, na prática, acabou por ser proibitivamente caro e pouco utilizável.
“É completamente inútil restaurar o sistema Energia-Buran em sua forma atual. Tanto a experiência mundial, como a nossa, mostra que o desenvolvimento de sistemas de lançamento reutilizáveis seguiu o caminho de atualização de aparelhos de reentrada, tais como Soyuz ou Apollo. Na verdade, estas naves espaciais são os mesmos aparelhos de reentrada, mas reutilizáveis. Nestas condições, os vaivéns são caros e difíceis de usar.”
O destino de Buran foi triste. Depois de ter realizado o seu primeiro e único voo, ele ficou para sempre em terra. Em 1993, o programa foi oficialmente encerrado, e a nave espacial foi esquecida e condenada para preservação eterna em seu hangar. Alguns anos depois, o telhado do prédio antigo desmoronou e enterrou sob seus destroços a única máquina que esteve no espaço, juntamente com o foguete de lançamento. Mas o potencial científico que foi adquirido durante a construção de Buran, as descobertas e invenções que ultrapassavam o seu tempo, ainda encontrarão o seu lugar no programa espacial russo, acredita Alexander Zhelezniakov:
“Muito do que foi feito então, com o tempo, será útil. Eu gostaria que isso acontecesse o mais depressa possível. No desenvolvimento de naves espaciais no futuro com certeza será utilizada a experiência de Buran. Todos estes desenvolvimentos, todo o potencial não será perdido.”
Nós ainda iremos recordá-lo não só como nosso passado histórico, mas também como um prenúncio de uma nova geração de tecnologia espacial, disse Alexander Zhelezniakov. Quem sabe, talvez um dia em órbita da Terra irá aparecer uma nave espacial com a inscrição Buran na fuselagem.


Buran, o pássaro solitário do espaço soviético

Vinte e cinco anos atrás, em 15 de novembro de 1988, aconteceu um evento sem precedentes na história da cosmonáutica mundial – foi lançado, a partir do cosmódromo de Baikonur, o sistema espacial reutilizável soviético Energia-Buran. O gigantesco avião espacial, o “shuttle soviético”, realizou seu voo em modo totalmente automático, o que foi posteriormente inscrito no Livro de Recordes Guinness.

Criatura da “guerra fria”, construída em oposição ao Space Shuttle norte-americano, o qual, segundo afirmações de analistas militares soviéticos, podia largar da órbita da Terra bombas nucleares sobre Moscou, o Buran foi projetado para nivelar as chances das duas superpotências de se destruírem mutuamente, recordou à Voz da Rússia Alexander Zhelezniakov, da Academia Russa de Cosmonáutica:
“O Buran foi concebido exclusivamente como um sistema de lançamento de estações orbitais pesadas de uso militar. Foi uma forma de resposta ao programa SDI dos EUA, que naqueles anos estava sendo ativamente promovido do outro lado do oceano. Foi para não ficar completamente indefesa no caso de implantação pelos Estados Unidos de seus sistemas militares de ataque no espaço que a União Soviética criou o Buran. Ele devia se tornar um sistema de neutralização.”
Mas na altura em que Buran começou a voar, a situação no mundo já havia mudado, a tensão nas relações entre Moscou e Washington haviam diminuído e a economia da União Soviética estava avançando a largos passos para o colapso. Nestas circunstâncias, os militares perderam o interesse no sistema espacial reutilizável, e a indústria aeroespacial civil não estava em condições de manter o Buran, nota o editor-chefe da revista Notícias de Cosmonáutica Igor Marinin:
“Até o final da década de oitenta, a economia soviética se tornou tão decrépita que esse projeto deixou sem vida outras áreas da indústria espacial. O fato de que o Buran acabou por não ser utilizado foi devido à falta de fundos para o desenvolvimento de carga útil tanto para o Buran como para o foguete de lançamento. A Energia era capaz de lançar, sem o Buran, satélites pesando até cem toneladas. Um tal satélite leva dez anos a construir. E a Energia devia voar várias vezes por mês. O Buran podia levar trinta toneladas de carga, mas onde encontrar tais satélites?”
Com o tempo, os norte-americanos também abandonaram seu sistema reutilizável. O programa Space Shuttle, que era posicionado pelos Estados Unidos como o sistema mais barato e confiável de lançamento de cargas úteis para o espaço, na prática, acabou por ser proibitivamente caro e pouco utilizável.
“É completamente inútil restaurar o sistema Energia-Buran em sua forma atual. Tanto a experiência mundial, como a nossa, mostra que o desenvolvimento de sistemas de lançamento reutilizáveis seguiu o caminho de atualização de aparelhos de reentrada, tais como Soyuz ou Apollo. Na verdade, estas naves espaciais são os mesmos aparelhos de reentrada, mas reutilizáveis. Nestas condições, os vaivéns são caros e difíceis de usar.”
O destino de Buran foi triste. Depois de ter realizado o seu primeiro e único voo, ele ficou para sempre em terra. Em 1993, o programa foi oficialmente encerrado, e a nave espacial foi esquecida e condenada para preservação eterna em seu hangar. Alguns anos depois, o telhado do prédio antigo desmoronou e enterrou sob seus destroços a única máquina que esteve no espaço, juntamente com o foguete de lançamento. Mas o potencial científico que foi adquirido durante a construção de Buran, as descobertas e invenções que ultrapassavam o seu tempo, ainda encontrarão o seu lugar no programa espacial russo, acredita Alexander Zhelezniakov:
“Muito do que foi feito então, com o tempo, será útil. Eu gostaria que isso acontecesse o mais depressa possível. No desenvolvimento de naves espaciais no futuro com certeza será utilizada a experiência de Buran. Todos estes desenvolvimentos, todo o potencial não será perdido.”
Nós ainda iremos recordá-lo não só como nosso passado histórico, mas também como um prenúncio de uma nova geração de tecnologia espacial, disse Alexander Zhelezniakov. Quem sabe, talvez um dia em órbita da Terra irá aparecer uma nave espacial com a inscrição Buran na fuselagem.


Força Aérea russa renova parque de aeronaves

t-50, avião, caça

O Salão Aeroespacial Internacional MAKS 2013, que terminou em Zhukovsky, perto de Moscou, não teve este ano novidades de grande relevo, mas permitiu seguir algumas tendências na construção aeronáutica russa e indústrias correlativas. Os domínios principais de desenvolvimento será o aumento da produção de armas de elevada precisão e o aperfeiçoamento do sistema de comando da Força Aérea.

Aviação militar: dos contratos às perspectivas
Nos próximos anos, a renovação do parque de aeronaves de combate e de transporte militar serão assegurados pelos contratos que já estão em vigor. Estes preveem o fornecimento de mais de 250 aviões de combate, 65 aeronaves de treinamento, 39 aviões de transporte e mais de 400 helicópteros. Os próximos contratos serão assinados em 2014-2016, quando for conhecido o plano de aquisições para a segunda metade desta década e para os primeiros anos da próxima.
No entanto, não deixou de haver novidades na área da aviação militar. Vale a pena destacar o contrato de 80 bilhões com a Corporação Aeronáutica Unida (OAK) para assistência técnica dos aviões da Força Aérea russa. Esse contrato prevê que a corporação se encarregue da manutenção dos aviões por ela fornecidos durante todo o tempo da sua vida útil.
Temos de referir a alteração da base desses contratos. A Força Aérea está passando dos fornecimentos pontuais de novos aparelhos para o reequipamento de unidades de aviação como um todo. Isso foi possível graças ao aumento dos volumes e dos ritmos de produção. Neste momento, a Força Aérea dispõe de unidades totalmente equipadas com bombardeiros Su-34, caças MiG-29SMT, helicópteros Ka-52, Mi-28, Mi-8AMTSh e outros modelos de aviões e helicópteros.
Os fornecimentos de novos aparelhos permitem, antes de mais, elevar a prontidão de combate das Forças Armadas. Os novos aviões e helicópteros trabalham sem falhas e ultrapassam os modelos obsoletos praticamente em todos os parâmetros. Os novos aparelhos também oferecem novas possibilidades. O abastecimento em voo e o vasto leque de armas de elevada precisão permitem reagir a tempo a quaisquer ameaças e abater alvos terrestres com uma maior eficácia e menor número de baixas.
A renovação do parque de helicópteros aumenta consideravelmente a eficácia das Tropas Terrestres. De entre as características mais importantes dos novos aparelhos temos de destacar a maior potência dos seus motores, que permite não só aumentar a sua autonomia de voo, mas também transportar mais materiais e munições, os sistemas aperfeiçoados de pontaria, que permitem realizar combates noturnos ou em condições de baixa visibilidade. Além disso, foi aumentada a capacidade de sobrevivência dos atuais helicópteros de combate, o que irá reduzir as baixas nas tripulações.
Nos próximos anos, a quantidade de unidades de aviação a usar os novos equipamentos aumentará em várias vezes. Isso irá resultar em alterações fundamentais nas capacidades de combate da Força Aérea, o que permitirá reduzir o atraso relativamente às Forças Armadas dos principais países da OTAN. Na sua totalidade, a Força Aérea e a Aviação Naval da Rússia deverão receber até 2020 mais de 600 aviões de combate e mais de 1000 helicópteros, isto sem contar com os aparelhos modernizados.
A parte principal dos aviões de combate que irão ser adquiridos caberá ao gabinete de projetos Sukhoi: caças Su-30, nas suas diferentes modificações, e Su-35, bombardeiros Su-34 e, mais tarde, os caças de quinta geração T-50. Este avião ainda se encontra em fase de testes. No outono deste ano, no centro de testes da Força Aérea russa em Akhtubinsk, irão ter início os seus testes de combate com lançamentos de mísseis e de bombas. O T-50 irá começar a ser fabricado em série aproximadamente em 2015-2016.
A colaboração do segundo fabricante principal de aviões de combate tático, a Corporação Russa de Aeronáutica MiG, ainda está em dúvida. Não recusando oficialmente a possibilidade de adquirir o caça MiG-35, a Defesa não se apressa a assinar o respectivo contrato. Por enquanto, a MiG vive das exportações e do fabrico de aviões embarcados para a aviação naval indiana. Mas essa situação não poderá continuar por muito tempo. Em caso de abandono do desenvolvimento de uma caça ligeiro de quinta geração, a corporação MiG terá de procurar novos caminhos de desenvolvimento. Um deles poderá ser, nomeadamente, o desenvolvimento de veículos aéreos não-tripulados (VANT) de ataque, um tema bastante atual para as Forças Armadas russas.
Temos de referir o aumento da atividade de diversas empresas no mercado dos drones. Além de fabricantes tão conhecidos como a Transas, a ZALA Aero e a Enix, também foram apresentados protótipos, por exemplo, da Fábrica de Reparações Aeronáuticas 588 da Bielorrússia. O mercado em crescimento dos VANT, cuja necessidade sentem não só os militares, mas também os organismos civis (do Ministério do Interior aos meteorologistas e geodesistas), estimula o aumento das ofertas. O crescimento da procura de drones na Rússia, nomeadamente, provocou o aumento da atividade dos fabricantes de componentes em todos os países da ex-URSS. A empresa ucraniana Ivchenko-Progress, nomeadamente, desenvolveu uma versão do motor de turbina a gás AI-450 para ser instalado em drones, apesar de ele ter sido projetado inicialmente para helicópteros. O uso de um motor desses em aparelhos russos poderá ter boas perspetivas.
A dinâmica dos fabricantes de componentes foi, de resto, um dos principais destaques do 11º Salão Aeroespacial MAKS 2013. Este é, possivelmente, o melhor indicador da entrada da construção aeronáutica e suas indústrias associadas em “velocidade de cruzeiro”, a indústria está recuperando uma estrutura de cooperação que já se tinha perdido.


Viúva de Kadhafi: “Exijo começar a investigação mais detalhada do caso do assassinato de Muammar Kadhafi”

safia Farkash
safia Farkash

A Voz da Rússia recebeu uma carta de Safia Farkash, viúva de Muammar Kadhafi. Sua irmã, Fátima, entregou a mensagem à redação. Leiam e tirem suas conclusões.

“Em memória da destruição de meu país amado pelas mãos das tropas da OTAN, que semearam nele caos, ruína e discórdia entre seus habitantes. Dedico também esta mensagem à saudosa memória do meu cônjuge – mártir e herói Muammar Kadhafi, do meu filho querido e daqueles que estiveram junto com eles naquele dia 20 de outubro de 2011, quando forças aéreas da OTAN atacaram o cortejo do chefe de Estado e entregaram posteriormente seus corpos feridos aos criminosos que os mataram cruelmente.
As ações desses monstros não são compatíveis com nenhuma religião e crenças existentes. Além desse crime eles cometeram mais um, continuando até hoje deter os corpos destes mártires tombados, o que nunca aconteceu na história da humanidade.
Exijo que todos os membros do Conselho de Segurança da ONU, a União Europeia e todos que participavam do assassinato destes mártires e respondão direta e até indiretamente por este crime cruel revelem finalmente o local do enterro dos corpos e os entreguem aos familiares, para poder sepultá-los dignamente.
Também exijo que a União Africana que comece a investigação mais detalhada do caso do assassinato do fundador daquela organização, herói Muammar Kadhafi, e de todos aqueles que foram mortos junto com ele naquele dia.
Exijo que todas as organizações internacionais dos direitos humanos me ajudem a estabelecer contatos com meu filho Seif al-Islam, isolado de todos os membros da nossa família desde o momento da prisão, levando em consideração que ele é absolutamente inocente no quadro de todas as acusações que lhe foram apresentadas. Possivelmente, seu único crime consiste em que advertia o povo líbio contra os horrores que o esperam e que a Líbia está suportando agora.
Seif al-Islam sempre se preocupou pelo problema dos direitos humanos no país. Retirava islamistas radicais de prisões americanas e europeias, tentando adaptá-los à vida normal. Alguns deles prometeram-lhe seguir boas intenções, mas agora exigem entregá-lo a eles para executar.
Em memória do segundo aniversário da morte do meu cônjuge, meu filho e seus partidários espero que a minha voz seja atendida pela comunidade mundial, como uma voz de esposa e de mãe em exílio”.



Feira militar RAE 2013 exibe as melhores armas russas

Rússia, blindados russos, exposição militar

Em Nizhny Tagil será inaugurada uma das maiores feiras militares do mundo e a maior da Rússia, a Russia Arms Expo, RAE 2013. No decorrer do evento será apresentada uma série de armamentos modernos, incluindo secretos, destinados para o Exército russo.

Armas novas: desde blindado Armat até plataforma Bumerang
No âmbito da prestigiosa feira serão estreadas amostras dos melhores armamentos russos, com particular destaque para o sofisticado carro de combate Armat, revelou à Voz da Rússia o perito militar, redator-chefe da revista Natsionalnaya Oborona (Defesa Nacional), Igor Korotchenko.
"Creio que a maior novidade será a exibição à porta fechada de um novo tanque russo Armat. A empresa Uralvagonzavod e seus parceiros tinham feito um trabalho enorme para pôr em prática o conceito deste blindado supermoderno, apetrechando-o de equipamentos militares, ópticos e eletrônicos. Acho esta ser a maior sensação, embora a apresentação seja realizada à portas fechadas."
Cumpre assinalar que o novo tanque não é um único engenho a se assentar em nova plataforma do mesmo nome. Sobre estes chassis se planeja criar ainda um veículo de combate de infantaria pesado, viaturas de artilharia autopropulsadas e veículos de engenharia. Um dos ilustres peritos russos, redator-chefe da revista Arsenal Otechestva (Arsenal da Pátria), Viktor Murakhovsky salientou ainda que, no Salão serão apresentadas também as primeiras amostras de outras máquinas modernas Kuganets-25, de lagarta média e Bumerang, baseado em plataforma de rodas média.
A plataforma pesada Armata (cerca de 60 toneladas), a média Kurganets-25 (25 toneladas) e a média de rodas Bumerang constituirão uma base sólida para novos equipamentos militares que, com o andar dos tempos, irá substituir os engenhos de marcas soviéticas, permitindo unificar e simplificar o abastecimento, a prontidão de combate e a manutenção técnica das unidades das Forças Terrestres da Rússia. As novas plataformas projetadas na Rússia serão expostas pela primeira vez após o colapso da URSS, enquanto um largo uso de módulos, para o mesmo efeito unificador, será demonstrado pela primeira vez na história do material blindado russo.
Outras armas no limiar de modificações
A RAE 2013 vem atraindo atenção devido à alteração do formato da Feira que evoluiu desde a exibição de amostras comuns até ao prestigiado fórum de negócios, realça Viktor Murakhovsky, que também é membro do conselho de peritagem junto da Comissão Militar-Industrial.
"Gostaria de sublinhar que se trata de um evento exemplar e sem precedentes, promovido pela corporação Uralvagonzavod. Isto se nota em tudo, inclusive na sua maneira de expor as amostras. Foi efetuado um rebranding, tudo foi feito num estilo único. Essa é "uma faceta da medalha" que, alias, não é a fundamental. O que importa mais é a vertente prática, prevendo-se uma vasta agenda de iniciativas a se realizar juntamente com peritos estrangeiros e parceiros da Rússia na Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC). A atual Feira se destaca tanto pelo número de equipamentos expostos, como pelo intenso programa de exibições."
Segundo a mesma fonte, contatada pela Voz da Rússia, a RAE continua sendo a única exposição que permite o uso real de armas exibidas, tanto em separado, como fazendo parte de subunidades e grupos táticos combinados.
Ainda de acordo com Murakhovsky, nos marcos do certame, será estreado o emprego combativo de helicópteros da aviação militar. É sabido que estes engenhos se enquadram no tecido de armamentos do Exército, cabendo ao consórcio Vertolioty Rossii o controle de uma parte considerável do mercado mundial. Simultaneamente, prossegue a produção em série de helicópteros para as Forças Armadas da Rússia, com um volume anual de vendas superiores a 100-110 engenhos.
Colaboração na área de exportações
Uma das vertentes-chaves passa pela modernização de plataformas existentes e utilização de equipamentos e agregados de outros produtores, o que proporciona uma maior flexibilidade na escolha, consoante às necessidades do comprador e suas capacidades logísticas.
Na Rússia se produzem e se exportam sistemas de armas, assentes em chassis importados (o complexo de artilharia antiaérea Pancyr-C1 em chassis MAN, o Top, instalado em chassi indiano Tata etc). Além disso, a torre com as armas montadas pode ser utilizada para a modernização do material blindado estrangeiro. Tais características promissoras têm o modulo de combate BMP-3, que prima pela elevada potência de fogo (um canhão de 100 mm e o de 30 mm mais uma metralhadora de 7,62 mm). Este engenho possui ainda armas de alta precisão (mísseis antitanque que se lançam através do cano) e a possibilidade de adaptar diversos sistemas do comando de fogo. Tudo isso vem contribuindo para a modernização de veículos de transporte de infantaria e viaturas blindadas de várias marcas.
Tal cooperação facilita a entrada da Rússia para o mercado mundial de armamentos no qual ela mantém fortes posições: em 2012, foram importados materiais diversos num valor de 14 mil milhões de dólares, prevendo-se para 2013 os indicadores ainda maiores. Deste modo, as crescentes produções em série para o mercado interno e a expansão da pauta de exportações vêm abrindo, em conjunto, perspectivas aliciantes para o setor militar russo e a futura realização de fóruns militares, idênticos à Russia Arms Expo.


Estados Unidos vendem porta-aviões por 1 centavo

O porta-aviões Forrestal

O porta-aviões Forrestal, descomissionado da Marinha de Guerra dos EUA, foi vendido como sucata por apenas 1 centavo.

A empresa All Star Metals, do Texas, tendo em conta o custo estimado de transportar a embarcação para o local de reciclagem, pagou ao Departamento de Defesa o preço de 1 centavo.
O Forrestal, lançado em 1954, foi na altura o maior navio da Marinha dos EUA e considerado como um milagre da tecnologia americana. Sua construção custou ao Tesouro cerca de 217 milhões de dólares, ou seja, cerca de 2 bilhões de dólares hoje.


Irã pode se tornar aliado dos EUA

Irã, EUA

Os EUA parecem estar se preparando para uma rápida melhoria nas relações com o Irã. Por causa disso, podemos esperar também um grande avanço nas negociações do sexteto de mediadores da ONU com o Irã, acredita o professor da Universidade Estadual Russa de Ciências Humanas, Serguei Seryogichev.

Segundo o especialista, ainda algumas semanas atrás parecia que as negociações planejadas para 15 de outubro iriam seguir o antigo cenário de confronto. No entanto, a situação mudou dramaticamente. Pela primeira vez em mais de três décadas teve lugar uma conversa telefônica entre os presidentes dos EUA e do Irã. O secretário de Estado John Kerry disse que um acordo sobre o “dossier nuclear” do Irã pode ser alcançado em 3-6 meses. Comenta Serguei Seryogichev:
“Nós vemos que os americanos pensam fazer o mesmo que uma vez já fez Henry Kissinger, em 1972, com a China: fazer do Irã um aliado. O Irã era um aliado dos EUA até 1979, antes dos eventos conhecidos. E hoje isso parece improvável, tendo em conta a história dos reféns e de todos os 30 anos de inimizade. No entanto, assim é.”
A eleição de Hassan Rohani como presidente do Irã demonstra que Teerã – em condições de aperto das sanções econômicas – escolheu uma abordagem muito pragmática às relações com os Estados Unidos, nota Serguei Seryogichev:
"Eles estão usando o fato de que os norte-americanos estão numa situação muito difícil. O Iraque, depois que o Irã perdeu o estatuto de aliado norte-americano na região, agora está num estado “desmontado”. Não está claro o que fazer com a Síria. Barack Obama, essencialmente, não quer bombardear a Síria, mas está sendo forçado a fazê-lo pelo seu próprio lobby militar-industrial, democratas militantes e republicanos. O Qatar e a Arábia Saudita também estão forçando-o a fazer isso. Barack Obama e pessoas de visão sóbria em sua administração estão procurando um ponto de apoio. Tal ponto de apoio pode muito bem ser o Irã."
O especialista acredita que os EUA tornaram-se excessivamente dependentes de monarquias do Golfo Pérsico, as quais, apesar de enormes recursos financeiros e influência de lobby sobre a política dos EUA, são muito fracos em termos político-militares.
Por outro lado, no Irã, que está sob sanções internacionais, está crescendo a tensão social, estão drasticamente limitadas oportunidades para o desenvolvimento da indústria do petróleo. Seu estatuto internacional também está baixo hoje:
“O Irã é uma potência regional pelo fato de sua existência. E ele quer que os norte-americanos o reconheçam como tal. Os iranianos farão concessões gritantes em qualquer caso, porque tomando os compromissos oficiais de parceiro regional dos EUA eles vão ter que reconstruir, primeiro a nível não oficial, e depois formalmente, suas relações com Israel, tranquilizar seus militantes no Líbano, congelar a atividade terrorista de grupos pró-iranianos na Faixa de Gaza. Os iranianos estão bem cientes de que isso é um grande trabalho, mas eles terão de fazê-lo.”
No entanto, segundo o perito, a convergência dos EUA e do Irã pode ser interrompida por opositores deste processo, e ainda por cima através da Síria. Podem ser provocações contra os inspetores da ONU ou outro ataque químico. A resposta por força dos EUA, neste caso, é provável de pôr um fim à aproximação com o Irã.


Taiwan anuncia prazos de início da guerra com a China

china, exército, forças armadas

O Ministério da Defesa de Taiwan declarou que as Forças Armadas da República Popular da China atingirão o nível exigido de desenvolvimento técnico e serão capazes de ocupar o território da ilha em 2020.

Os peritos concluíram que, em 2020, a China conseguirá não só desembarcar na ilha e mantê-la sob seu controle, mas também resistir eficazmente à interferência de outros países no conflito. Os Estados Unidos são aliados de Taiwan e poderão ajudar o país em caso de ataque.
Os especialistas chegam a esta conclusão pelo fato de a China estar atualizando ativamente sua frota naval e aérea, bem como melhorando suas capacidades de mísseis.


Astrônomos russos descobrem enorme asteroide se aproximando da Terra

astronomia, telescópio

Os astrônomos russos do observatório ISON-NM descobriram um novo asteroide com um diâmetro superior a um quilômetro, que está se aproximando da Terra.

O asteroide, cujo índice é 2013 TB80, foi encontrado em 09 de outubro com a ajuda do telescópio automático do observatório, instalado no estado do Novo México, EUA. Em seguida, a descoberta foi confirmada pelo projeto estadunidense de rastreamento do céu Catalina, em como por cientistas japoneses e australianos.


Obama sabe quando Irã fabricará bomba nuclear

Barack Obama, presidente, EUA

Daí um ano, o Irã poderá começar a produção de armas nucleares, declarou o presidente dos EUA, Barack Obama, em uma coletiva de imprensa em Washington.

"Trata-se de um ano, mas nossas estimativas são mais conservadoras do que os dados da inteligência israelense", disse o presidente.
Os Estados Unidos e outros países suspeitam que o Irã desenvolva armas nucleares sob o disfarce de programa de energia nuclear para fins pacíficos. Teerã afirma que seus esforços no campo nuclear têm como único objetivo o uso pacífico da energia atômica.


Caças japoneses decolam pela 80ª vez devido à Força Aérea chinesa

japão, caça, força aérea

De julho a setembro deste ano, a Força Aérea do Japão enviou, pelo menos 80 vezes, caças para interceptar aviões chineses devido a temores de violação de seu espaço aéreo.

De acordo com o Ministério da Defesa do Japão, o trimestre passado ficou no terceiro lugar pelo número de decolagens de caças japoneses para interceptar aeronaves da China.
O pico das partidas de caças japoneses foi registrado de janeiro a março deste ano – 146 vezes.
O ministério acrescentou que os militares japoneses continuam a monitorar as atividades da aviação chinesa na área das disputadas ilhas Senkaku (Diaoyu) no mar da China Oriental.


Japão envia caças para interceptar avião russo

Il-20
Il-20

O Japão enviou caças F-2 para interceptar um avião da Força Aérea da Rússia que sobrevoou hoje o mar do Japão. No entanto, nenhuma violação do espaço aéreo do Japão foi registrada, notificou o Ministério da Defesa japonês.

Segundo o departamento, a aeronave de reconhecimento eletrônico Il-20 voou perto das ilhas que são objeto de disputa territorial entre Tóquio e Seul.
A informação sobre o incidente surgiu no pano de fundo da visita do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, ao Japão.


Não esperem pelo exterminador, ele já chegou

drone, aviação, veículos aéreos não tripulados, eua, paquistão, afeganistão

O uso regular de drones de combate pelos norte-americanos sofreu no final de outubro uma campanha maciça de condenação por parte de várias organizações internacionais que culminou com relatórios de peritos da Assembleia Geral da das Nações Unidas sobre o perigo de VANTs. Essencialmente, foi posta a questão da necessidade de controle internacional da produção e utilização de robôs de combate. A questão é atempada, mas permanecerá sem resposta, acreditam analistas.

Os exemplos mais deploráveis de uso de drones de combate são conhecidos através de relatos da mídia sobre a guerra e as operações especiais do exército dos EUA no Afeganistão e no Paquistão. Drones estão constantemente patrulhando o espaço aéreo desses países, e caso necessário atacam grupos de militantes. No entanto, simples civis se tornam vítimas de fogo de drones tão frequentemente como os mujahidin. Ou até talvez com mais frequência – o comando militar não tem pressa em publicar estatísticas de ataques robóticos do ar.
O uso descontrolado de drones é objeto de relatórios de organizações eminentes como a Human Rights Watch e a Anistia Internacional. E a influente revista norte-americana Time relatou a existência de todo um movimento chamado Campaign to Stop Killer Robots (Campanha para Parar Robôs Assassinos), que exige uma proibição internacional de robôs assassinos totalmente autônomos. No entanto, quem abordou o problema de forma mais sistemática foram os peritos das Nações Unidas. Ou, como eles são chamados nesta estimada organização, relatores especiais da ONU.
Em dois documentos apresentados recentemente à Assembleia Geral da ONU são considerados os resultados do uso de drones contra terroristas, bem como o cumprimento de normas internacionais no processo. O perito da ONU na luta contra o terrorismo Ben Emmerson, convida em seu relatório todos os estados que utilizam drones a assegurarem "transparência no desenvolvimento, aquisição e uso de drones armados". Ele também apela aos governos para abrirem o máximo de informações sobre o uso de drones em operações de contra-terrorismo em território de outros estados e para divulgarem os respectivos números de vítimas reais entre a população civil. Os apelos do relator especial da ONU soam pelo menos ingenuamente, comentou à Voz da Rússia o perito militar Vladimir Scherbakov:
"Isso é impossível. Ninguém nunca vai fazer isso transparente, se eles realizam operações especiais. É como exigir da polícia que ela publique na Internet os planos de suas atividades operacional e de pesquisa. Ninguém, em nenhum lugar, nenhum país no mundo que se preocupa com o seu bem-estar e sua segurança, não concordará com esta abordagem da questão de como tornar transparente a utilização de seus serviços especiais. Isso pode ser restringido ou pode-se exigir o cumprimento de acordos internacionais existentes que proíbem o uso de qualquer força armada no território de outro estado soberano se não houver acordos internacionais."
Entretanto, já há bastante tempo que várias organizações de direitos humanos estão exigindo a proibição completa do uso de drones. Desde a primavera deste ano, as organizações que participam no movimento Campaign to Stop Killer Robots exigem a proibição não só sobre do uso, mas até mesmo do desenvolvimento de novos robôs de combate. Trata-se, no entanto, de robôs completamente autônomos, que são independentes na escolha de decisões. Os principais argumentos dos "neo-luditas" são os assassinato enganosos de inocentes por robôs ou drones; a probabilidade de tais tecnologias caírem nas mãos de inimigos ou de diferentes grupos extremistas e terroristas, falhas perigosas no programa, e assim por diante.
A introdução de proibições nessa área é uma questão bastante controversa, acredita o analista militar da agência de informações Rosinformburo, Anatoli Sokolov:
"Não considero expediente restringir por completo o futuro desenvolvimento da robótica, porque esse é um dos principais ramos de desenvolvimento científico e tecnológico moderno tanto no campo civil como militar. Mas se olharmos para longe, é claro, o desenvolvimento descontrolado de robôs e robôs assassinos pode trazer prejuízos bastante significativos."
Portanto, presume Anatoli Sokolov, se não for agora, então no futuro próximo é necessário começar a desenvolver regras e regulamentos que regem o desenvolvimento e a aplicação de sistemas robóticos. Destacar esse problema em separado na legislação é inútil, diz, por sua vez, Vladimir Scherbakov. Uma vez que já existem leis internacionais sobre o uso de armas de todos os tipos. Mas uma transformação dessas leis no que diz respeito ao uso de armas autônomas poderia fazer sentido. Assim, o problema não são os drones, mas a natureza de sua aplicação. E são pessoas que usam esses sistemas.


Colômbia acusa Rússia de violação do espaço aéreo

Tu-160
Tu-160

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse que pretende enviar nota de protesto para Moscou, devido ao fato de que dois bombardeiros estratégicos russos tinham violado o espaço aéreo do país. O incidente ocorreu na sexta-feira passada.

De acordo com Santos, as aeronaves Tu-160, sem prévia autorização, realizaram voos sob a Colômbia depois de decolar do aeródromo da Venezuela.
De acordo com o Departamento de Imprensa e Informação do Ministério da Defesa da Rússia, as tripulações dos dois bombardeiros estratégicos operaram de acordo com o plano de treinamento de combate de longo alcance.


DF-15C é mais uma carta forte nas mãos da China

China

Em outubro a mídia oficial da China referiu pela primeira vez o aparecimento de um novo míssil balístico de curto alcance, o DF-15C. As suas primeiras fotos surgiram ainda no início de 2006. Contudo, nessa altura se falava de testes de um novo tipo de arma, mas hoje já se pode falar da sua entrada ao serviço.

O míssil DF-15C é fabricado pela Quarta Academia da corporação aeroespacial CASC de Xian. Os primeiros desses mísseis começaram a ser entregues ao exército ainda em 1989. As suas características na altura não tinham nada de notável, além de possuírem uma precisão bastante baixa. Desde então esse míssil foi modernizado diversas vezes. Assim, o míssil DF-15B atualmente ao serviço do Exército de Libertação Popular da China, assim como o DF-15C que está a ser distribuído ao exército, são de fato novos sistemas de armas diferentes dos primeiros mísseis DF-15 e DF-15A.
Ao contrário dos mísseis antigos, o DF-15B e o DF-15C não têm um, mas dois estágios. O DF-15B possui um alcance maior que os seus antecessores (900 km em vez dos anteriores 600 km). Ele tem uma ogiva manobrável e um sistema de pontaria de precisão. Se as versões antigas do míssil DF-15 serviam sobretudo para atingir grandes obras de infraestrutura civil ou cidades, já as suas últimas modificações podem atingir alvos militares protegidos.
A China considera os mísseis balísticos de alta precisão de médio e curto alcance como uma resposta assimétrica ao esperado domínio aéreo do adversário. Esses mísseis permitem realizar ataques eficazes a alvos na retaguarda do inimigo, mesmo que a luta pela supremacia aérea esteja perdida. Mas se se conjugarem certas circunstâncias favoráveis, esses próprios mísseis poderão se tornar num meio para obter uma supremacia aérea, se numa fase inicial do confronto se conseguir realizar um ataque maciço preventivo contra os aeródromos inimigos.
A acreditar nas publicações da mídia chinesa, o DF-15C não irá substituir, mas complementar o DF-15B. Ele tem um alcance inferior, mas a sua capacidade para destruir obras defensivas foi aumentada. Além dos centros de comando, depósitos e aquartelamentos subterrâneos, os seus alvos poderão ser os abrigos protetores para aviões que ainda são usados por muitos países.
É importante referir que a gama de mísseis DF-15 continua se desenvolvendo, apesar de as tropas terem começado a receber mísseis mais potentes DF-16 com um alcance superior a 1.000 quilômetros. A China, que não está sujeita às rígidas limitações relativas ao tipo e quantidade de mísseis, se está tornando num dos principais centros mundiais do seu desenvolvimento.
Nem a Rússia, nem os EUA, têm agora o direito de fabricar um míssil semelhante ao DF-15B devido ao acordo existente entre eles e que proíbe a fabricação de mísseis com alcance superior a 500 e inferior a 5.500 km. Por exemplo, o principal míssil balístico tático russo Iskander tem um alcance inferior a 500 km.
Os DF-15 constituem a principal força de ataque de um complexo de cerca de 1.800 mísseis apontados a Taiwan. Podemos supor que esse míssil já tem o seu fabrico otimizado e que terá um custo baixo.
O custo reduzido e a grande quantidade fabricada desse míssil põe em questão a possibilidade de ele ser contrariado com recurso a sistemas de defesa antimíssil (DAM), pois cada míssil antimíssil é muito mais caro: custa muitos milhões de dólares. Os sistemas de DAM que usam complexos Patriot PAC 3, e que estão sendo instalados numa série de países da região, podem teoricamente proteger desses ataques apenas alvos pontuais, mas já não serão capazes de se opor a um uso maciço de mísseis balísticos táticos chineses.


Rússia lança testes de voo de novos caças baseados em porta-aviões

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Na Rússia, começaram os testes de voo do novo caça MiG-29K/KUB baseado em porta-aviões, projetado para a Marinha russa.

Em fevereiro de 2012, o Ministério da Defesa da Rússia e a corporação aeronáutica russa MiG assinaram um contrato para a entrega de 24 caças MiG-29K/KUB para a Aviação Naval da Marinha russa.
Os caças MiG-29K (de um lugar) e MiG-29KUB (de dois lugares) são as aeronaves multifuncionais da geração "4 + +", destinadas para resolver os problemas de defesa aérea e atingir alvos terrestres e navais com armas de alta precisão, com capacidade operacional dia e noite e em todas as condições meteorológicas.


Fábrica de novos mísseis antiaéreos inaugurada no Irã

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No Irã foi inaugurada uma fábrica para a produção de sistemas de mísseis antiaéreos Sayyad-2 (Caçador-2).

O Sayyad-2 é uma versão modernizada do sistema antiaéreo da geração anterior Sayyad-1, informou na cerimônia de inauguração da fábrica o ministro da Defesa do Irã, Hossein Dehghan.
O ministro explicou que “o novo sistema antiaéreo foi projetado usando as tecnologias mais avançadas e é capaz de atingir helicópteros, drones e outros alvos aéreos”.
Dehghan informou igualmente da conclusão dos trabalhos de desenvolvimento do sistema de mísseis antiaéreos Talash, cujo objetivo é “a defesa contra caças e bombardeiros inimigos”.


Primeiro navio porta-helicópteros russo foi lançado à água

Primeiro navio porta-helicópteros russo foi lançado à água

Na cidade de Saint-Nazaire (França), foi realizada a cerimônia de lançamento à água do primeiro navio porta-helicópteros de desembarque Vladivostok, tipo Mistral, declarou a empresa STX France que efetuou a montagem final do casco

A proa do porta-helicópteros Vladivostok foi construída pela STX France, a popa – pelo estaleiro do Báltico em São Petersburgo. Após a conclusão, a popa foi transportada pelo mar para Saint-Nazaire para a montagem final do casco.
O navio será equipado com sistemas de armas no estaleiro de construção naval Severnaya Verf.


Mídia: sem a Rússia, EUA perderão guerra contra alienígenas

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Na semana passada, um funcionário do centro espacial militar russo confessou que a Rússia não tem um plano para lutar contra alienígenas.

Um conselheiro militar norte-americano declarou, por sua vez, ainda no ano passado, que os Estados Unidos possuem um plano desse tipo, mas que os EUA e a Rússia devem lutar juntos contra possíveis ameaças extraterrestres.
Segundo sublinhou um correspondente do canal de televisão estadunidense Fox News, Joe Macky, por enquanto, os países não podem nem sequer chegar a acordo sobre os problemas mais "terrestres".
Estamos fadados a perder o combate, resumiu o jornalista.


Bloomberg preve o apocalipse da economia global

Bloomberg preve o apocalipse da economia global

Os EUA ainda não conseguem definir uma solução para a crise orçamental, o que, por sua vez, adia as negociações sobre outro tema importante – o de aumento do teto da dívida pública. No entanto, a falta de notícias dos EUA já faz com que os mercados mundiais comecem a sentir febre.

Por sua vez, a agência Bloomberg prognostica um apocalipse global, caso o congresso americano não seja capaz de encontrar uma solução até 17 de outubro. Para esta data, o tesouro público dos EUA ficará apenas com 30 bilhões de dólares, o que equivaleria a uma falência técnica da maior economia mundial.
A Bloomberg, uma das mais prestigiosas agências de informação empresarial, prediz o colapso da economia mundial, se os EUA declararem a suspensão do pagamento da dívida e não estiverem em condições de pagar as obrigações estrangeiras. Os analistas comparam a suspensão do pagamento da dívida com a falência do banco de investimento Lehman Brothers que antecedeu a crise de 2008, e afirmam que agora tudo vai ser ainda pior. Naquela altura, a quebra do Lehman Brothers provocou uma recessão, a mais grave desde os tempos da Grande Depressão nos EUA, tornando-se ponto de partida da crise financeira global, da qual o mundo não se consegue recuperar até ao momento atual.
Se agora os EUA pararem de pagar a dívida, isto levará à desestabilização dos mercados de valores desde São Paulo até Zurique, paralisando o mecanismo creditício ao serviço da dívida pública, cujo valor atinge 5 trilhões de dólares. Por sua vez, o último derrubará a moeda americana empurrando a economia global para o "fim do mundo", acreditam na Bloomberg. Os países que investiram nos títulos americanos mais que todos – a China e o Japão – serão os mais afetados. Enquanto isso, uma semana de paralisação do governo dos EUA já reduziu em 0,2% os ritmos de crescimento do PIB.
A situação é bastante complicada. São a reputação dos EUA e o sistema político do país que sofrem maiores prejuízos devido à incerteza orçamentária, julga Valeri Piven, analista da empresa Life Capital ProBusinessBank:
“Os investidores começam a duvidar da eficiência do aparelho estatal dos EUA. No que diz respeito a outros efeitos vinculados ao pagamento dos serviços da dívida pública, serão danificados praticamente todos, inclusive os países que não têm investimentos volumosos. Porque a taxa de títulos do tesouro é um marco de referência sui generis. No caso de aumento dos riscos de não-pagamento essa taxa irá crescer, e logo a seguir irão crescer também as taxas de todas as obrigações existentes no mundo. Em resumidas contas, o custo dos empréstimos será maior.”
O Congresso dos EUA ainda tem nove dias para a salvação. No entanto, a confrontação dos democratas e dos republicanos continua, comenta Alexei Golubovich, presidente da companhia Arbat Capital:
“No Congresso está decorrendo uma luta entre os republicanos e os democratas que disputam concessões em algumas verbas do orçamento e também o programa de seguro de saúde, o qual os republicanos pretendem cortar, enquanto Obama atua, neste caso, desde uma posição populista. Este é o significado de todos os acontecimentos. Os republicanos precisavam inicialmente de bloquear o financiamento orçamentário do governo, o que eles alcançaram fazer, para mostrarem que, seja como for, têm algumas forças para continuar resistindo ante Obama.”
Muitos especialistas não compartilham o pessimismo da Bloomberg e o consideram prematuro. Eles acreditam que o desenvolver da situação não chegará até a moratória. Mais cedo ou mais tarde, pensam eles, os republicanos e os democratas irão acordar no Congresso tanto sobre uma possível redução das despesas como sobre o aumento do teto da dívida pública, crê Alexei Golubovich:
“O limite da dívida publica não pode ficar sem ser aumentado, o que é evidente para sérios economistas e especialistas em matéria de mercados financeiros, portanto não se pode tratar de nenhuma falência dos EUA. Nos EUA será encontrada uma forma de chegar a acordo e as despesas orçamentárias prosseguirão sendo financiadas. Na melhor das hipóteses, o orçamento ficará ligeiramente cortado sob a pressão dos republicanos; na pior opção, os republicanos se renderão.”
Raymond McDaniel, CEO da Moody’s, influente agência de notação financeira, também não duvida que a falência dos EUA é pouco provável. Segundo ele, a versão da moratória por parte do Tesouro é "fantástica”. Ao argumentá-lo McDaniel se refere aos acontecimentos de há dois anos. Naquela altura, a decisão sobre o aumento do teto da dívida pública também demorou bastante tempo devido à confrontação no congresso, mas afinal de contas os republicanos e os democratas lograram chegar ao consenso.

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