Categoria desiste de parar trânsito contra “criminalização”
Na tarde de hoje, por volta das 15h30, a categoria prometia realizar uma nova mobilização
A decisão do Ministério Público Estadual em cobrar medidas mais severas para punir atos públicos que atrapalhem a mobilidade urbana da cidade não agradou o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Alternativo (Sitoparn). Na tarde de hoje, por volta das 15h30, a categoria promete realizar uma nova mobilização, convocando entidades sindicais, juventude e movimentos populares para comparecerem ao auditório do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do RN (Sinpol), na avenida Rio Branco, em Cidade Alta.
Segundo membros do Sitoparn, a mobilização será contra a “criminalização dos movimentos sociais”, uma vez que eles alegam estar sendo perseguidos pelo Ministério Público. “Não podemos aceitar essa criminalização que o MP quer fazer com a nossa categoria e com os movimentos sociais, em benefício apenas dos empresários. Hoje eles estão nos perseguindo, mas amanhã certamente poderá ser outro grupo. Nossa única arma é boca e as ruas. Não iremos calar”, disse Nivaldo Andrade, presidente do Sitoparn.
A categoria argumenta que, ao invés de fiscalizar a execução das leis que garantam um serviço público de transporte eficiente e de qualidade, o órgão passou a recomendar ao poder público “a repressão aos movimentos populares”. O Ministério Público abriu Inquérito Civil e Criminal para analisar o caos instalado na cidade na última quarta-feira (4), durante protesto dos permissionários. A categoria foi responsável pela paralisação do trânsito em quatro vias de grande fluxo em Natal, o que provocou grande congestionamento.
Em reunião entre permissionários e Prefeitura no dia do último protesto, ficou acertado um novo encontro para a tarde de ontem para dialogar e agilizar a implantação da bilhetagem única – uma das motivações do protesto -, mas a reunião foi cancelada pelo Executivo. A reportagem questionou sobre como está sendo pensado o ato público de hoje, mas o presidente do Sitoparn alegou que ainda não foi acertado nada.
“Não estamos trabalhando com a possibilidade de interditar ruas. Na verdade, ainda não discutimos nenhuma ação. O que queremos é chamar a atenção do MPE sobre essa ‘perseguição’”, destacou Nivaldo Pereira.
O comandante da Polícia Militar no RN, coronel Francisco Canindé Araújo, informou que a polícia estará atenta à manifestação, de modo a garantir um ato ordeiro e pacífico, sem impedimento do fluxo nas vias públicas.
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