BLOG DE CARLOS CAVALCANTI: NATAL PODERÁ PARAR NOVAMENTE

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

NATAL PODERÁ PARAR NOVAMENTE




Categoria desiste de parar trânsito contra “criminalização”

Na tarde de hoje, por volta das 15h30, a categoria prometia realizar uma nova mobilização


A decisão do Ministério Público Estadual em cobrar medidas mais severas para punir atos públicos que atrapalhem a mobilidade urbana da cidade não agradou o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Alternativo (Sitoparn). Na tarde de hoje, por volta das 15h30, a categoria promete realizar uma nova mobilização, convocando entidades sindicais, juventude e movimentos populares para comparecerem ao auditório do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do RN (Sinpol), na avenida Rio Branco, em Cidade Alta.
Segundo membros do Sitoparn, a mobilização será contra a “criminalização dos movimentos sociais”, uma vez que eles alegam estar sendo perseguidos pelo Ministério Público. “Não podemos aceitar essa criminalização que o MP quer fazer com a nossa categoria e com os movimentos sociais, em benefício apenas dos empresários. Hoje eles estão nos perseguindo, mas amanhã certamente poderá ser outro grupo. Nossa única arma é boca e as ruas. Não iremos calar”, disse Nivaldo Andrade, presidente do Sitoparn.
A categoria argumenta que, ao invés de fiscalizar a  execução das leis que garantam um serviço público de transporte eficiente e de qualidade, o órgão passou a recomendar ao poder público “a repressão aos movimentos populares”. O Ministério Público abriu Inquérito Civil e Criminal para analisar o caos instalado na cidade na última quarta-feira (4), durante protesto dos permissionários. A categoria foi responsável pela paralisação do trânsito em quatro vias de grande fluxo em Natal, o que provocou grande congestionamento.
Em reunião entre permissionários e Prefeitura no dia do último protesto, ficou acertado um novo encontro para a tarde de ontem para dialogar e agilizar a implantação da bilhetagem única – uma das motivações do protesto -, mas a reunião foi cancelada pelo Executivo.  A reportagem questionou sobre como está sendo pensado o ato público de hoje, mas o presidente do Sitoparn alegou que ainda não foi acertado nada.
“Não estamos trabalhando com a possibilidade de interditar ruas. Na verdade, ainda não discutimos nenhuma ação. O que queremos é chamar a atenção do MPE sobre essa ‘perseguição’”, destacou Nivaldo Pereira.
O comandante da Polícia Militar no RN, coronel Francisco Canindé Araújo, informou que a polícia estará atenta à manifestação, de modo a garantir um ato ordeiro e pacífico, sem impedimento do fluxo nas vias públicas.


Agentes de trânsito da Semob ficaram de prontidão em caso de protesto na zona Norte e Baldo. Foto: José Aldenir
Agentes de trânsito da Semob ficaram de prontidão em caso de protesto na zona Norte e Baldo. Foto: José Aldenir




NATAL VIROU CASA DE MÃE JOANA 



Militantes do MST realizam mais uma caminhada de protesto e deixam o trânsito lento na capital

Na manhã de hoje, integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) realizaram mais uma mobilização na capital potiguar, dentro da jornada…



Caminhada realizada na manhã de hoje saiu de Petrópolis até o Centro Administrativo. MST aguarda posicionamento do Governo sobre pauta negociada em 2010

Na manhã de hoje, integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) realizaram mais uma mobilização na capital potiguar, dentro da jornada de protesto nacional contra a impunidade no Massacre de Eldorado de Carajás, em 17 de abril de 1996, quando 19 trabalhadores rurais foram assassinados.
Os militantes saíram da sede do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no bairro de Petrópolis, em direção à Governadoria, no Centro Administrativo. Na última terça-feira, o MST já havia realizado uma caminhada que paralisou o trânsito na Ponte de Igapó, durante parte da manhã.
A caminhada de hoje provocou uma lentidão no fluxo de veículos nas Avenidas Hermes da Fonseca, Salgado Filho e na BR 101, na altura da obra da Arena das Dunas.
Segundo John Daved Silva do Nascimento, militante do MST, o movimento tem um caráter nacional. “Hoje, nesta caminhada, temos 850 famílias de um total de 2.500 no Estado. Vários municípios como Macaíba, Ceará Mirim, Carnaubais também estão com mobilizações. Em todo o País, desde o dia 17 até hoje já são 11 Incras ocupados e mais 250 outras instituições. Este é o maior movimento da América Latina com 1,5 milhão de pessoas envolvidas”, afirmou.
John Daved também contou que atualmente o MST mantém 250 mil famílias acampadas em todo o Brasil esperando pela reforma agrária, e no Rio Grande do Norte cerca de 3.500 pessoas. “Há uma forte articulação no Senado para não haver a reforma agrária porque grandes proprietários de terra e grandes latifundiários são políticos. Esta jornada quer mostrar para a sociedade que a saída é a reforma agrária. Empresas de fora, como algumas européias, estão se instalando no Brasil, produzindo aqui, mas levando tudo para fora. Não fica nada aqui, só a poluição”.
O militante do MST ainda destacou que o sistema de agronegócio atual cada vez mais exclui o homem do campo e maquiniza o processo. Jonh Daved também frisou que um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) apontou que 70% do alimento que chega à mesa dos brasileiros vem da produção de acampamentos e dos pequenos produtores camponeses do País.
Os integrantes do MST afirmaram que vão ficar acampados em frente à Governadoria na espera de serem recebidos por representantes do Governo do Estado. “Da pauta que nos foi prometida no ano passado nem 10% foi cumprida. Prometeram furar poços nos acampamentos, mas fizeram poucos, e construir escolas. Lutamos por terra, mas também pela educação. Temos vários projetos para área e um deles é erradicar o analfabetismo nos acampamentos até 2015. Queremos uma resposta e apoio da Secretaria Estadual de Educação”.

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