Por uma Copa Verde
ARENA DAS DUNAS É CANDIDATA A CERTIFICADO DE SUSTENTABILIDADE RECONHECIDO EM MAIS DE 130 PAÍSES; ALÉM DA PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL, OBRA OFERECE ALFABETIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE OPERÁRIOS, E AINDA EMPREGA APENADOS
O desenvolvimento do projeto de Natal como cidade-sede da Copa do Mundo de 2014 exigiu de quem acompanha o processo fazer uso constante do calendário. Prazos perdidos, prazos cumpridos ou mesmo antecipados. Datas, muitas datas. Uma em particular só foi lembrada à época e, apesar de apontar para um desfecho favorável, ainda não tem uma definição. No dia 17 de junho de 2011 o projeto do estádio foi registrado para obtenção do certificado de construção sustentável LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), reconhecido em mais de 130 países. Na Arena das Dunas não é só o gramado que é verde.
Quando o ginásio Humberto Nesi, o Machadinho, e o estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado, o Machadão, foram derrubados, a construtora baiana OAS instalou de imediato um laboratório de concreto para analisar os materiais resultantes da demolição. Mais de 2 mil toneladas de ferros retorcidos foram encaminhados para fundição. Já a maior parte dos 14 mil metros cúbicos de concreto nem saíram do canteiro de obras; foram moídos e incorporados à base da Arena das Dunas. O descarte foi de apenas 4%. A medida, além de gerar economia, evitava o trânsito intenso de caminhões saindo com entulhos e voltando com areia para a construção.
Mas para a obtenção do certificado LEED, era preciso mais, e o projeto da moderna Arena das Dunas previa inicialmente a captação de energia a partir de painéis solares e reaproveitamento da água das chuvas na irrigação do gramado. A parte de geração de energia própria ficou para um segundo momento, mas o sistema de aproveitamento de água anunciado era o que havia de mais moderno nos estádios do mundo.
Oito reservatórios devem receber a água da chuva direto da cobertura do estádio. Calhas vão canalizar também a água que se infiltrar no solo no interior da arena, inclusive a da própria irrigação do gramado. Filtrada a água pode ser bombeada novamente para a irrigação e mesmo utilizada nas descargas dos banheiros. Os gastos com água devem ser reduzidos em até 40%.
O projeto também privilegia o aproveitamento da luz natural e dos ventos para reduzir a temperatura ambiente. A cobertura tem três camadas: metal, espuma térmica e a terceira novamente metal, amarelada como as dunas que circundam Natal.
Por causa disso, a Arena das Dunas, que já é considerada uma das mais bonitas do Brasil, pode ganhar, antes mesmo da bola começar a rolar, o título de estádio mais verde da Copa de 2014
Quando o ginásio Humberto Nesi, o Machadinho, e o estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado, o Machadão, foram derrubados, a construtora baiana OAS instalou de imediato um laboratório de concreto para analisar os materiais resultantes da demolição. Mais de 2 mil toneladas de ferros retorcidos foram encaminhados para fundição. Já a maior parte dos 14 mil metros cúbicos de concreto nem saíram do canteiro de obras; foram moídos e incorporados à base da Arena das Dunas. O descarte foi de apenas 4%. A medida, além de gerar economia, evitava o trânsito intenso de caminhões saindo com entulhos e voltando com areia para a construção.
Mas para a obtenção do certificado LEED, era preciso mais, e o projeto da moderna Arena das Dunas previa inicialmente a captação de energia a partir de painéis solares e reaproveitamento da água das chuvas na irrigação do gramado. A parte de geração de energia própria ficou para um segundo momento, mas o sistema de aproveitamento de água anunciado era o que havia de mais moderno nos estádios do mundo.
Oito reservatórios devem receber a água da chuva direto da cobertura do estádio. Calhas vão canalizar também a água que se infiltrar no solo no interior da arena, inclusive a da própria irrigação do gramado. Filtrada a água pode ser bombeada novamente para a irrigação e mesmo utilizada nas descargas dos banheiros. Os gastos com água devem ser reduzidos em até 40%.
O projeto também privilegia o aproveitamento da luz natural e dos ventos para reduzir a temperatura ambiente. A cobertura tem três camadas: metal, espuma térmica e a terceira novamente metal, amarelada como as dunas que circundam Natal.
Por causa disso, a Arena das Dunas, que já é considerada uma das mais bonitas do Brasil, pode ganhar, antes mesmo da bola começar a rolar, o título de estádio mais verde da Copa de 2014
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