Ganhos da Copa
EDITORIAL DA EDIÇÃO DESTA TERÇA-FEIRA (26) DO NOVO JORNAL
Nada mais sensato do que a preocupação dos empresários natalenses, manifestada desde já, com a série de feriados previstos para o período da Copa em Natal, em junho de 2014. Na segunda quinzena, conforme as previsões, somente dois dias serão considerados úteis. Os demais vão ser feriados, ora em razão de jogos da seleção brasileira, ora por causa das partidas realizadas na Arena das Dunas. O estádio potiguar vai abrigar quatro jogos.
Ninguém duvida hoje dos benefícios que a cidade obteve desde que foi escolhida uma das doze sedes do mundial. Nem da guerra de bastidores em que se transformou, à época, a inclusão de Natal enquanto outros estados, considerados mais ricos e mais fortes politicamente, pleiteavam a mesma escolha.
Não foram poucos, a despeito do grande atraso para aplicá-los, os recursos destinados à capital potiguar a fim de serem usados em infraestrutura. Por exemplo, em obras de mobilidade urbana. Tudo, principalmente, em razão do fato de ser cidade-sede.
Não é de hoje que a cidade precisava dessa injeção de recursos. A maioria das avenidas sofre com congestionamentos frequentes, independente do horário. A realização da copa abreviou o período em que as autoridades locais correriam o pires em Brasília em busca de recursos.
Para não fazer feio, o governo federal foi franco. Destinou o dinheiro que fosse necessário, desde que houvessem projetos – e o desejo, prático, de tocar as obras.
O aeroporto de São Gonçalo do Amarante, uma necessidade antiga e uma urgência havia cerca de dez anos, também ganhou celeridade com a realização, enfim, de uma Parceria Público-Privada, que acelerou o ritmo dos trabalhos.
São somente dois dos exemplos que podem ser associado ao fato de Natal ser uma cidade a receber jogos da Copa em 2014. Servem para sinalizar que não serão poucos, ao fim do mundial, os benefícios, ou o legado, deixados pelo torneio.
No entanto, a preocupação dos empresários natalenses faz sentido. Afinal, quase quinze dias de cidade parada – ou sob rotina de feriado - podem acarretar diversos prejuízos, embora seja quase inusitado imaginar que possa haver mais perdas do que ganhos com a cidade, muito provavelmente, cheia de turistas e embalada pelos negócios advindos do mundial. Uma das preocupações é que os estabelecimentos que abrirem ao longo desse período terão, ainda, custos trabalhistas extras.
Portanto, ainda que seja muito bem vinda, a Copa do Mundo de 2014 guarda estes riscos, com os quais a classe produtiva potiguar terá que lidar, de forma que o mundial traga benefícios para quem visita, mas sobretudo para quem reside e produz em Natal. A hora é de fazer contas, para não perder o momento histórico, mas não sair dele mais endividado do que ao entrar.
Ninguém duvida hoje dos benefícios que a cidade obteve desde que foi escolhida uma das doze sedes do mundial. Nem da guerra de bastidores em que se transformou, à época, a inclusão de Natal enquanto outros estados, considerados mais ricos e mais fortes politicamente, pleiteavam a mesma escolha.
Não foram poucos, a despeito do grande atraso para aplicá-los, os recursos destinados à capital potiguar a fim de serem usados em infraestrutura. Por exemplo, em obras de mobilidade urbana. Tudo, principalmente, em razão do fato de ser cidade-sede.
Não é de hoje que a cidade precisava dessa injeção de recursos. A maioria das avenidas sofre com congestionamentos frequentes, independente do horário. A realização da copa abreviou o período em que as autoridades locais correriam o pires em Brasília em busca de recursos.
Para não fazer feio, o governo federal foi franco. Destinou o dinheiro que fosse necessário, desde que houvessem projetos – e o desejo, prático, de tocar as obras.
O aeroporto de São Gonçalo do Amarante, uma necessidade antiga e uma urgência havia cerca de dez anos, também ganhou celeridade com a realização, enfim, de uma Parceria Público-Privada, que acelerou o ritmo dos trabalhos.
São somente dois dos exemplos que podem ser associado ao fato de Natal ser uma cidade a receber jogos da Copa em 2014. Servem para sinalizar que não serão poucos, ao fim do mundial, os benefícios, ou o legado, deixados pelo torneio.
No entanto, a preocupação dos empresários natalenses faz sentido. Afinal, quase quinze dias de cidade parada – ou sob rotina de feriado - podem acarretar diversos prejuízos, embora seja quase inusitado imaginar que possa haver mais perdas do que ganhos com a cidade, muito provavelmente, cheia de turistas e embalada pelos negócios advindos do mundial. Uma das preocupações é que os estabelecimentos que abrirem ao longo desse período terão, ainda, custos trabalhistas extras.
Portanto, ainda que seja muito bem vinda, a Copa do Mundo de 2014 guarda estes riscos, com os quais a classe produtiva potiguar terá que lidar, de forma que o mundial traga benefícios para quem visita, mas sobretudo para quem reside e produz em Natal. A hora é de fazer contas, para não perder o momento histórico, mas não sair dele mais endividado do que ao entrar.
Fonte: http://www.novojornal.jor.br
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