Múmias do Egito Antigo e a Mumificação
O processo de mumificação, as múmias, religião egípcia, avanços na medicina e química
Anúbis executando a mumificação
Introdução
De acordo com a religião egípcia, a alma da pessoa necessitava de um corpo para a vida após a morte. Portanto, devia-se preservar este corpo para que ele recebesse de forma adequada a alma. Preocupados com esta questão, os egípcios desenvolveram um complexo sistema de mumificação.
O processo de mumificação
O processo era realizado por especialistas em mumificação e seguia as seguintes etapas:
1º - O cadáver era aberto na região do abdômen e retirava-se as víceras (fígado, coração, rins, intestinos, estômago, etc. O coração e outros órgãos eram colocados em recipientes a parte. O cérebro também era extraído. Para tanto, aplicava-se uma espécie de ácido pelas narinas, esperando o cérebro derreter. Após o derretimento, retirava-se pelos mesmos orifícios os pedaços de cérebro com uma espátula de metal.
2º - O corpo era colocado em um recipiente com natrão (espécie de sal) para desidratar e também matar bactérias.
3º - Após desidratado, enchia-se o corpo com serragem. Aplicava-se também alguns “perfumes” e outras substâncias para conservar o corpo. Textos sagrados eram colocados dentro do corpo.
4º - O corpo era envolvido em faixas de linho branco, sendo que amuletos eram colocados entre estas faixas.
Após a múmia estar finalizada, era colocada dentro de um sarcófago, que seria levado à pirâmide para ser protegido e conservado. O processo era tão eficiente que, muitas múmias, ficaram bem preservadas até os dias de hoje. Elas servem como importantes fontes de estudos para egiptólogos. Com o avanço dos testes químicos, hoje é possível identificar a causa da morte de faraós, doenças contraídas e, em muitos casos, até o que eles comiam.
Graças ao processo de mumificação, os egípcios avançaram muito em algumas áreas científicas. Ao abrir os corpos, aprenderam muito sobre a anatomia humana. Em busca de substâncias para conservar os corpos, descobriram a ação de vários elementos químicos.
Curiosidades:
- Para transformar um corpo em múmia era muito caro naquela época. Portanto, apenas os faraós e sacerdotes eram mumificados.
- Alguns animais como, por exemplo, cães e gatos também foram mumificados no Egito Antigo.
FONTE: www.suapesquisa.com/
curiosidades que você não sabia sobre as múmias
A múmia é um ser humano falecido ou outro animal cuja pele e os órgãos são preservados pela exposição intencional ou acidental de substâncias químicas, frio extremo, baixa umidade ou falta de ar, de modo que o corpo recuperado não deteriore com rapidez.
Múmias de seres humanos e outros animais foram encontrados em todos os continentes, tanto como resultado de preservação natural através de condições incomuns, e como artefatos culturais. Mais de um milhão de animais múmias foram encontradas no Egito, muitos dos quais são gatos.
Além das múmias bem conhecidas do Egito Antigo, a mumificação deliberada era uma característica de várias culturas antigas em áreas da América e da Ásia, que têm climas muito secos. As múmias na América do Norte foram datadas com 9400 anos de idade. Antes desta descoberta, a mais antiga múmia conhecida era a de uma criança de Chinchorro, no Vale do Camarones, Chile, que data em torno de 5050 a.C.
O mais antigo cadáver humano naturalmente mumificado é uma cabeça decepada datada de 6.000 anos de idade e encontrada em 1936 na América do Sul. Confira algumas curiosidades sobre as múmias e cadáveres mumificados que você não sabia:
1. Em 1974 egiptólogos estavam estudando a condição de múmia de Ramsés II. Quando eles detectaram que ela estava se deteriorando rapidamente, eles tiveram que levar o corpo para Paris para realizar exames. Foi emitido um passaporte egípcio que listou sua ocupação como “Rei (falecido)”. A múmia foi recebida nos arredores de Paris, com honras militares condizente com um rei.
2. Traços de cocaína e nicotina foram encontrados em algumas múmias egípcias, o que levaram alguns a especular que os antigos egípcios podem ter viajado para o Novo Mundo (América).
3. Há um fragmento ósseo em exposição no Museu de Chinon, na França, que tinha a fama de pertencer a Joana d’Arc. Um estudo de 2008 mostrou que o osso veio realmente de uma múmia egípcia.
4. Os cientistas encontraram múmias “Frankenstein” na Escócia. Dois corpos eram feitos de 6 pessoas.
5. As múmias Nubian antigas tinham traços do antibiótico tetraciclina em seus ossos. Isso se deve a cerveja que eles consumiam.
6. Centenas de monges budistas têm tentado mumificar-se comendo apenas nozes e sementes e bebendo chá envenenado antes de selarem-se vivos em um túmulo. Cerca de 24 mumificações bem sucedidos foram registradas, e estes 24 são considerados como Budas.
7. Há uma cidade no México, onde os corpos dos mortos naturalmente mumificam-se. Entre o final de 1800 e início de 1900, se os parentes dos mortos eram incapazes de pagar o imposto para mantê-los enterrados, a cidade desenterrava os corpos e os colocava em um museu.
8. Em 1966, dois adolescentes norte-americanos encontraram duas múmias de crianças em uma caverna no México. Eles foram contrabandeados ara a Califórnia onde foram abandonadas em uma garagem. Elas foram encontradas 14 anos depois.
9. Em 1980, múmias com idades entre 2.000 e 5.000 anos de idade foram encontradas na China. O detalhe é que as múmias eram Caucasianos (origem europeia).
10. Havia uma forma de feitiçaria islandesa envolvendo necromancia onde alguém esfolava a pele das pernas do cadáver de um amigo, roubava uma moeda de uma viúva, e, em seguida, vestia a pele com a moeda na bolsa escrotal. O ritual supostamente trazia riqueza.
11. Em 2013, um cadáver de 181 anos de idade do filósofo Jeremy Bentham participou de uma reunião do conselho da Universidade de Londres. Ele foi registrado como “presente, mas não votante.”
12. A França perdeu tantos trabalhadores durante sua fracassada tentativa de cavar o Canal do Panamá que, por um tempo principal fonte de seu projeto de renda estava vendendo os cadáveres em conserva (na água salgada) para escolas médicas em todo o mundo como cadáveres.
13. Sogen Kato, um senhor que morava em Tóquio foi descoberto morto depois de 30 anos. Ele morreu no final da década de 70 e sua família roubava sua pensão todos os meses.
14. Na década de 1880 e 1890, um camelo percorreu o deserto do Arizona por uma década com um cadáver mumificado amarrado nas suas costas.
15. Em 1982, um estudante da Universidade do Alabama descobriu que um dos cadáveres que eles estavam prestes a dissecar em sala de aula era, de fato, sua tia-avó.
16. Três meses depois de Charlie Chaplin morreu, seu cadáver foi roubado por dois mecânicos suíços, a fim de extorquir dinheiro da família. Os ladrões foram capturados e o corpo de Chaplin foi encontrado 11 semanas mais tarde. Para evitar novas tentativas, ele foi enterrado sob o concreto com técnicas de preservação.
17. Michelangelo começou a dissecar cadáveres aos 17 anos. Graças a isso, ele pintou Deus com um tronco cerebral anatomicamente correto no teto da Capela Sistina.FONTE: http://www.ultracurioso.com.br
INFORMAÇÕES FANTÁSTICAS SOBRE AS MÚMIAS
Afinal, o que é uma múmia? É um corpo cujos
Quando se fala em múmia, a primeira imagem que surge na mente é de uma múmia egípcia preservada através de métodos artificiais. É bom deixar claro, no entanto, que existem diversos tipos de múmias, preservadas de modo artificial ou natural. E, além do Egito, foram encontradas múmias em países como Chile, Peru, México, Itália, China, Estados Unidos e Dinamarca.
A palavra múmia vem do persa mumiyya, que significa “cadáver embalsamado”.
órgãos e pele foram preservados através de modo intencional ou natural.
As múmias mais antigas de que se tem notícia foram preservadas por processos químicos naturais. Alguns desses processos são ausência de oxigênio, acidez da água, clima seco e temperaturas extremamente baixas.
A mais antiga de todas as múmia tem aproximadamente 9 000 anos e foi encontrada nos Estados Unidos.
O país recordista em múmias (onde foi encontrado o maior número) é exatamente o que você imaginou: o Egito. Só para se ter uma ideia, no século XIX elas chegaram a substituir o carvão como combustível de locomotivas e fertilizante nas lavouras.
No processo de mumificação, os egípcios extraíam os órgãos internos do cadáver através de um corte do lado esquerdo do abdômen para tratá-los separadamente. Eles eram guardados em jarros. O cérebro era extraído através das narinas. Detalhe: apenas pulmões, intestinos, estômago e fígado eram conservados; o resto era jogado no rio Nilo.
Depois que os órgãos eram retirados e o corpo desidratado, o cadáver passava por uma lavagem com água do Nilo. Uma vez que não possuía órgãos internos, a futura múmia era “recheada” com plantas secas e serragem.
O morto era enfaixado com linho. À medida que o enfaixavam, os embalsamadores colocavam os seguintes amuletos junto do corpo: o ankh (que ajudava o morto a superar obstáculos no além), o Nó de Ísis (que pedia para a deusa Ísis segurança), o escaravelho (que impedia que o coração se separesse do corpo) e o Olho de Wadjet (que garantia proteção e apoio para a cabeça).
Análises da bandagens de múmias do Egito demonstraram que os antigos egípcios utilizavam betume e ládano no processo de mumificação. O betume é basicamente petróleo. O ládano é a resina de uma planta típica do Oriente Médio e Grécia, a esteva. Para tratar o corpo, era utilizado um tipo de sal chamado natrão.
Análises da múmia do faraó Tutancâmon, morto aos 19 anos, permitiram a reconstrução do rosto do faraó menino. Os cientistas também conseguiram montar a árvore genealógica do faraó comparando o seu DNA com o de outras múmias.
Os embalsamadores egípcios eram criteriosos e cuidadosos com seu trabalho e… Para falar a verdade, eles eram mais ou menos cuidadosos. Prova disso são os remendos mal feitos e as ferramentas encontrados dentro de algumas múmias. Acredite se quiser, mas os arqueólogos chegaram a encontrar ratos dentro de múmias.
É verdade que apenas os nobres e sacerdotes eram mumificados no Egito? Não, os mortos plebeus – diga-se, “o povão” – também passavam pelo processo de embalsamento. Em 1 994, arqueólogos da Inspetoria de Antiguidades do Egito descobriram, no oásis de Kharga, uma necrópole com mais de 450 múmias de cidadãos comuns.
A quantidade de múmias de animais encontradas no Egito é tão grande que, no século XIX, um carregamento com 180 000 múmias de gatos foi transportado para a Inglaterra para servir de fertilizante. Além de gatos, mumificava-se cães, babuínos, gazelas, touros, leões, crocodilos…
Você sabia que os egípcios costumavam “mumificar” alimentos para os mortos? No caso dos animais carnívoros, eles “levavam para a posteridade” pedaços de carne mumificados.
A tradição de mumificar os mortos foi proibida no Egito no século V d.C. pelo imperador Cristão Teodósio, mas só desapareceu de vez durante a dominação árabe, no século VII.
Você sabia que os chinchorros, um povo que viveu entre os atuais Chile e Peru, já mumificavam seus mortos 2 500 anos antes dos egípcios? Eles removiam a pele, os órgãos internos e até a carne dos mortos antes de mumificá-los. Os corpos eram estofados com junco seco e outros materiais, e a pele recolocada na múmia. No rosto, colocava-se uma máscara.
Um cemitério com mais de 2 500 múmias foi descoberto na periferia de Lima, capital do Peru, em 2 002.
Foram encontrados no deserto de Xinjiang, Oeste da China, mais de 100 múmias de um povo com traços ocidentais. Acredite se quiser, mas boa parte dessas múmias eram de pessoas loiras.
Ötzi, a segunda múmia mais famosa do mundo (depois do faraó-menino Tutancâmon) foi encontrado nos Alpes entre a Itália e a Áustria em 1991. Também conhecido como Homem de Gelo (o corpo foi conservado pelo gelo alpino), Ötzi foi examinado e reexaminado diversas vezes pelos cientistas. As análises permitiram descobrir qual a causa da morte (ferimento provocado por uma flechada), as últimas refeições (carne de veado, carne de bode e cereais) e sinais corporais (57 tatuagens) da múmia.
Durante muito tempo, o Vaticano considerou a preservação de corpos de santos milagrosa. Mas análises minuciosas das múmias permitiram desvendar por que elas ainda estão bem preservadas. No caso de Santa Margarida de Cortona, a múmia foi preservada por processos artificiais. Já no de Santa Zita, foi por processos naturais como baixa umidade do ar. Outros santos cujas múmias estão bem preservadas: Santa Rita de Cássia e São Ubaldo de Gubbio.
As catacumbas de Palermo, na Itália, guardam as múmias de 8 000 pessoas, quase todas de frades cappuccinos. Preservadas naturalmente (talvez pela baixa umidade do ar), elas foram expostas ao público como relíquia. A mais conhecida (e mais incrível) é a da menina Rosália Lombardo, morta em 1 920. A pedido dos pais, o corpo de Rosália (foto acima) foi preservado por métodos artificiais e mantém-se intacto até hoje.
Em 2 008, duas múmias de freiras foram encontradas nas paredes do Mosteiro da Luz, em São Paulo. Acredita-se que ainda existem outros 40 corpos nas paredes e no chão do mosteiro.
Pouco tempo depois de embalsamado, o corpo do líder bolchevique Vladimir Lênin foi exposto num mausoléu em Moscou. O Mausoléu de Lênin é um dos mais visitados do mundo e a múmia, uma das que mais atrai curiosos – inclusive saudosistas da União Soviética. FONTE:www.maiscuriosidade.com.br/
MISTÉRIOS DO EGITO ANTIGO
Quem tem medo das múmias?
Nos filmes de terror e aventura, as múmias são sempre as responsáveis pelos sustos e pulos que damos na cadeira. Aqueles mortos vivos cheios de ataduras velhas, caindo aos pedaços e com cara de fedorentos... Mas, de onde tiraram essa idéia? Quem são as verdadeiras múmias?
No antigo Egito, como já sabemos, era muito importante que depois de morto, o corpo ficasse em perfeito estado para poder viver outra vida. Essa era a crença do povo. Então, eles criaram um processo de mumificação, isto é, preservação do corpo do morto. Se depois que a pessoa morre, o corpo não for preservado, ele se decompõe, deixando apenas os ossos.
Assim, os egípcios preservavam o corpo de modo que o morto ficasse bonitinho e com jeito saudável!
É importante a gente compreender que, para os egípcios, uma pessoa tinha seis partes diferentes: o corpo, o ba ou personalidade; o ka ou espírito da vida; o akh ou a alma imortal; o seu nome e a sua sombra. Se a pessoa perdesse uma dessas coisas, não estava mais completa.
Por causa disso, para que a pessoa fosse completa para o outro mundo, eles criaram o processo de mumificação.
Esse processo levava por volta de setenta dias. Todos os órgãos internos eram removidos, menos o coração (que eles acreditavam fosse o mais importante). Os órgãos eram colocados nos vasos cânopos, que eram quatro. Depois secavam o corpo com natrão.
Depois de seco, o corpo era enrolado em linho com resina. Eram usados muitos metros de linho, com inscrições religiosas. Além disso, dentro das tiras de linho, os sacerdotes colocavam jóias e enfeites para proteger o morto, que finalmente podia ser sepultado.
Então, onde está o mistério?
Na verdade não há motivos para ninguém se assustar com uma múmia. Pelo contrário, se você fosse uma espécie de Indiana Jones, ia adorar encontrar uma múmia. Já imaginou descobrir coisas novas a respeito de alguém que viveu há milhares de anos atrás?
Se você for pesquisar vai descobrir um pouco mais e se perguntar, será que um dente foi a prova de que aquela múmia pertenceu a Hatshepsut, uma grande governante do Egito, que reinou como faraó? De quem serão as múmias que foram encontradas, numa tumba intacta em fevereiro de 2006, no Vale dos Reis? Desde 1907, quando foi descoberta, os estudiosos não chegam a uma conclusão, nem sequer, se é um homem ou uma mulher.
Será que a múmia que estava em um museu que fechou em Niagara Falls, no Canadá, pode ser mesmo a do faraó Ramsés I? Quando o museu fechou, sua coleção de coisas do Egito foi comprada pela Universidade Emory de Atlanta em 2001. Junto foi a múmia, que estava muito bem conservada, apesar da falta de cuidados apropriados. Ela é muitíssimo parecida com a de Seti I e a de seu filho Ramsés II. Será que ela é a múmia do pai de Seti, Ramsés I?
FONTE: pt.wikibooks.org
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