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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

SEDE CONFERENCIA INTERNACIONAL MUSEUS

RIO JANEIRO E SEDE DE CONFERENCIA INTERNACIONAL SOBRE MUSEUS
Após concorrer com Milão, na Itália, e com Moscou, capital russa, o Rio de Janeiro foi escolhido como anfitrião da 23ª Conferência Geral do Conselho Internacional de Museus por causa da visibilidade que vem adquirindo, principalmente em função de eventos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016

Publicação: 10/08/2013 14:05 Atualização:
A 23ª Conferência Geral do Conselho Internacional de Museus (Icom), pela primeira vez sediada no Brasil, reúne a partir deste sábado (10/8) mais de 2 mil profissionais para discutir os rumos e as tendências do setor. O encontro ocorre na Cidade das Artes, inaugurada em maio deste ano na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O tema geral da conferência − Museu (memória+criatividade)= Mudança Social − busca enfatizar o papel transformador dos museus por meio da memória social.

Após concorrer com Milão, na Itália, e com Moscou, capital russa, o Rio de Janeiro foi escolhido como anfitrião do encontro por causa da visibilidade que vem adquirindo, principalmente em função de eventos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Sede de 124 museus – sem falar nos outros 130 dos demais municípios fluminenses -, a cidade oferece aos participantes da conferência uma vasta programação paralela aos debates e às trocas de experiências entre os museólogos de mais de 100 países.

“É uma grande honra para o nosso país sediar esse grande encontro de profissionais de museus de todo o mundo. A museologia social, tema central da conferência, é um campo bastante inspirador e de prática já consolidada entre os museus brasileiros”, eplicou Maria Ignez Mantovani Franco, presidenta do Comitê Brasileiro do Icom (Icom Brasil). Segundo ela, o evento, que vai até o próximo sábado (17), será inovador e inclusivo, “apresentando uma programação que se espraiará pela cidade e pelos museus do Rio de Janeiro”.

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Fundado em 1946, o Icom é a única organização mundial de museus e de profissionais que atuam nesses espaços culturais. Com aproximadamente 30 mil membros e presente em 137 países, a entidade mantém relações formais com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e tem parcerias com a Organização Mundial de Propriedade Intelectual, a Interpol (Polícia Internacional) e a Organização Mundial de Alfândegas.

Com essas três últimas entidades, o Icom participa da luta contra o tráfico de bens culturais e do gerenciamento de situações de risco para o patrimônio cultural em caso de desastres naturais ou causados pelo homem. São duas questões que estarão em debate na 23ª conferência, juntamente com temas como o intercâmbio entre museus, a difusão de conhecimentos, a participação e mobilização qualificada do público e a formação e qualificação dos profissionais do setor.

O Comitê Brasileiro do Icom foi criado em 1948, no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro. Desde então, tem atuado junto à comunidade museológica brasileira, participando de eventos nacionais e internacionais e integrando a Política Nacional de Museus.

Realizada em um país diferente a cada três anos, a conferência do Conselho Internacional de Museus promove no Rio a segunda edição na América do Sul. A primeira foi em 1986, na capital argentina, Buenos Aires. Para esta 23ª conferência, o Icom Brasil contou na organização com a correalização do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), vinculado ao Ministério da Cultura e das secretarias Estadual e Municipal de Cultura do Rio. O evento tem patrocínios da Petrobras, do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de empresas privadas.

FONTE: Correio Braziliense.

Semana Nacional de Museus realiza cerca de 4 mil atividades em todo o País

por Portal Brasil — publicado13/05/2013 17:15, última modificação 02/09/2013 17:47
Em 2013, o evento obteve o maior número de adesões de instituições culturais desde sua criação
Rubens ChiriDetalhe do Museu da Língua Portuguesa, localizado na Estação da Luz, em São Paulo
Detalhe do Museu da Língua Portuguesa, localizado na Estação da Luz, em São Paulo

A Semana Nacional de Museus, que começou nessa segunda-feira (13) e segue até o dia 19, foi elaborada com o objetivo de reunir todas as instituições culturais do País e oferecer uma programação integrada para a sociedade. Esta é a 11ª edição do evento e traz como tema Museus (memória + criatividade) = mudança social. Ao todo serão realizadas 3.911 atividades - exposições, mostras fotográficas, visitas guiadas - em 1.252 instituições de resgate e preservação da memória de todo o País. 
Criada para comemorar o Dia Internacional dos Museus (no dia 18 de maio), a Semana de Museus convida as instituições museológicas a desenvolverem atividades relacionadas ao tema proposto pelo Conselho Internacional de Museus (Icom), que instituiu a data. Vale destacar que o tema deste ano tem abrangência mundial e foi proposto pelo Brasil.
De acordo com a presidenta interina do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Eneida Braga, a Semana de 2013 obteve recorde de adesões de instituições culturais e é relevante por abrir os espaços para as comunidades, tornando os museus locais de aprendizado para a população, inclusive a que reside em pequenos municípios. 
"Mais do que oferecer uma programação de qualidade para os brasileiros, a Semana movimenta as economias locais, promove desenvolvimento. Este ano, pela terceira vez, estamos realizando uma pesquisa para conhecer os impactos da movimentações nas cidades, a repercussão da ação é tão positiva que o Brasil sediará, pela primeira vez, o principal encontro de museus do mundo, que acontecerá em agosto no Rio de Janeiro", completa a presidenta.
A programação da 11ª Semana Nacional dos Museus está disponível para download no site do Ibram
O que mais diz a pesquisa?
A Pesquisa da Semana de Museus, coordenada pelo Ibram, realizada desde 2011, procura medir os impactos culturais e econômicos, tangíveis ou não, proporcionados pelos museus que participam deste esforço conjunto entre governo e sociedade civil. Dos 1.114 museus que participaram da ação, 523 responderam à pesquisa.
Na última pesquisa, o dado que primeiro chama a atenção é o aumento de público: durante a Semana, a média de visitantes registrada pelos museus que participaram do estudo sobe cerca de 130% com relação à semana anterior à ação. Além disso, em maio, mês do evento, a média de público foi 35% superior ao anterior. A contratação de mão de obra para a realização das atividades da Semana também é expressiva: em 2012, foram 504 profissionais da área cultural, entre monitores, palestrantes, músicos, educadores, entre outros.
Outro ponto do estudo diz respeito aos gastos estruturais dos museus em função da Semana. Muitos representantes de museus relatam que o aumento de visibilidade e o fortalecimento da imagem do museu durante esse período favorecem a realização de obras, tais como construção de novo espaço, reforma, ampliação, melhoria na sinalização, restauração, conservação e adaptações na área de acessibilidade. 
Além dos aportes públicos oriundos das três esferas de governo, patrocínio e doações, os museus também apontaram crescimento na arrecadação com ingressos, loja, serviços, restaurantes, entre outros.
As prefeituras municipais despontam como principais parceiros dos museus: cerca de 20% dos museus firmaram acordos com elas. Outra parceria bastante significativa ocorre entre os museus e agentes culturais, que, em troca da experiência promovida pela Semana, trabalham voluntariamente auxiliando os museus na realização da programação da Semana de Museus. Na última pesquisa foram 2.333 voluntários mapeados. 
Acessibilidade
Plano Nacional Setorial de Museus, que define as prioridades para o setor para a década 2010 – 2020, tem como uma de suas diretrizes a criação de uma política de acessibilidade universal para os museus brasileiros.
Em 2011, o levantamento Museus em Números, realizado pelo Ibram, concluiu que além de oferecer adaptações físicas e de serviço, os museus brasileiros precisam desenvolver uma política de acessibilidade. De acordo com o estudo, mais da metade dos museus cadastrados junto à instituição informou possuir instalações adaptadas, como rampa de acesso, banheiros e elevadores e adaptados, além das vagas de estacionamento exclusivas.

Museus em número
No início do século 20, o Brasil possuía 12 museus catalogados. Hoje, esse número já chegou a 3.025 instituições mapeadas. Como indica o texto de apresentação de Política Nacional de Museus, “no Brasil, diferentemente da Europa, o século dos museus é o século 20 e não o 19”.
A análise dos dados do levantamento Museus em Número revela, por exemplo, uma concentração de instituições museológicas nas regiões mais ricas, nos municípios com mais de 100 mil habitantes e próximos ao litoral. 
São Paulo, com 517 instituições, é a unidade da federação com maior quantidade de museus, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 397. Em terceiro lugar está Minas Gerais, com 319 museus.
A maioria das instituições (67,2%) é pública, e 79,7% delas não cobram entrada, quer sejam públicas ou privadas. Além disso, segundo dados divulgados pelo IBGE, o número de museus ultrapassa o número de salas de cinema (2.098) e de teatros (1.229) no Brasil. 
As três metrópoles mais populosas do País abrigam os maiores acervos: São Paulo possui 132 museus, Rio de Janeiro, 124, e Salvador, 71. Palmas, no Tocantins, conta com somente três museus e é a capital com menor número de acervos.
O Rio de Janeiro é a casa da instituição museológica mais antiga do País. O Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, foi inaugurado em 1818, possui o maior número de bens culturais no acervo (20 milhões de itens) e está aberto para visitação de terça a domingo, das 10h às 16h. 
O público presente às exposições no País tem aumentado. A revista especializada The Art Newspaper destacou por dois anos seguidos (2011 e 2012) o Brasil entre os países com exposições mais visitadas do mundo. Apesar de não contar com uma pesquisa sobre o número de visitas aos museus nacionais, estima-se que museus cadastrados pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) recebem 20 milhões de pessoas por ano. De acordo com a instituição, a média de visitantes registrada pelos museus durante a Semana Nacional do Museu mais do que dobra em relação à semana anterior.




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