SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE O SANTO RADIOAMADOR - SP3RN
Um santo é sempre um dom de Deus para a Igreja e para a humanidade. Maximiliano Maria Kolbe o é de um modo particularmente eloqüente, pelas circunstâncias trágicas de seu martírio. Raymond Kolbe, filho de Júlio Kolbe e Maria Dabrowska, nasceu aos 8 de janeiro de 1894, em Zdunska Wola, perto de Lódz, na Polônia. Juntamente com dois irmãos, fazia parte de uma família operária, pobre, mas profundamente religiosa. Aos treze anos entrou no Seminário Franciscano e, emitindo sua profissão religiosa, tomou o nome de Maximiliano Maria. Nos estudos, distinguiu-se de forma genial nas ciências e na matemática. Para os estudos de filosofia e teologia foi enviado a Roma, onde doutorou-se nestas disciplinas com ótimas notas. Ainda clérigo estudante, manifestou seu zelo e amor a Maria, fundando o movimento de apostolado mariano “Milícia da Imaculada”. Ordenado sacerdote em 1918, voltou para sua pátria, onde foi designado para lecionar no Seminário Franciscano, em Cracóvia.
Em 1922, mesmo sem recursos financeiros, fundou uma revista mensal com o título “Cavalheiro da Imaculada”, que poucos anos depois chegava à elevada tiragem de um milhão de exemplares. A esta revista seguiram outras iniciativas editoriais: “O Pequeno Cavalheiro da Imaculada”, revista para crianças; o “Miles Immaculatae”, revista latina para sacerdotes, e um diário que chamou de “Pequeno Jornal”, com 200 mil exemplares. O apostolado da imprensa era seu carisma. Seu objetivo era conquistar o mundo inteiro a Cristo por meio de Maria Imaculada. Em 1930, Maximiliano Maria Kolbe tomou a decisão de abrir uma missão no Japão e lá também se atirou à atividade editorial, com a fundação em Nagasaki da revista “O Cavalheiro da Imaculada”. Apesar do restrito meio católico, a revista alcançou a tiragem de 50 mil exemplares. Sua permanência no Japão foi curta. Em 1936, os superiores exigiram sua presença na Polônia, para que tomasse a direção do grande convento franciscano de Niepakalanow, que chegou a abrigar 600 religiosos. A obediência de ter que deixar suas iniciativas apostólicas no Japão foi dura. Ele sonhava passar mais tarde para a Índia e depois pelos países árabes e fundar revistas e jornais que propagassem a devoção à Imaculada, como instrumento de penetração do Reino de Deus.
Para ver seu sonho concretizado também usou o RÁDIO, tornando-se RADIOAMADOR, recebendo o indicativo de chamada SP3RN. Nos anos 1936-1940, início da Segunda Guerra Mundial, Maximiliano Maria Kolbe redobrou seu zelo no apostolado da imprensa, enquanto cuidava da direção do convento e da formação de 200 jovens. Ao alvorecer de setembro de 1939, as tropas nazistas tomaram de traição a Polônia, destruindo qualquer resistência e incendiando tudo. Frei Maximiliano foi preso duas vezes. A prisão definitiva deu-se no dia 17 de fevereiro de 1941. Quando o chefe militar viu Frei Maximiliano vestido de hábito religioso, ficou furioso. Agarrou o crucifixo do frade e, puxando-o, gritou: “E tu acreditas nisso?” “Creio, sim!” Uma tremenda bofetada seguiu a resposta de Frei Kolbe. Três vezes repetiu-se a pergunta. Três vezes Maximiliano confessou sua fé. Três vezes levou bofetada. Ao fim de maio de 1941, Frei Maximiliano foi transferido de Varsóvia para o campo de extermínio de Auschwitz, perto de Cracóvia, onde recebeu o número de prisioneiro 16.670. Era um campo de horrores. Basta dizer que lá foram mortos, depois de incríveis sofrimentos, quatro milhões de seres humanos. Os judeus e os padres eram os mais perseguidos.
Depois de três meses de sofrimentos, deu-se naquele campo a fuga de um prisioneiro. Em represália, dez prisioneiros inocentes deviam ser condenados à morte de fome. Um dos sorteados chorou: “Pobre de minha mulher, pobres de meus filhos...” Naquele instante, saiu da fila o prisioneiro nº. 16.670, pedindo ao comandante o favor de poder substituir aquele pai de família. “Quem és tu?” berrou o comandante. “Sou um padre católico”, respondeu Frei Maximiliano. “Aceito sua decisão”, disse o comandante depois de breve pausa. O recém-condenado, Franciszeck Gajowniczek, voltou à fila, Maximiliano tomou seu lugar. Todos os dez, despidos, foram empurrados numa pequena, úmida e totalmente escura cela dos subterrâneos, para morrer de fome. Depois de duas semanas, sobreviviam somente três com Frei Maximiliano. Para desocupar o lugar, em 14 de agosto de 1941, foram mortos com uma injeção venenosa. Até aquele instante, Maximiliano, esquecido de si, consolava seus colegas, suavizando-lhes as penas. Após o término da Segunda Grande Guerra, começou um movimento pela beatificação do Frei Maximiliano Maria Kolbe que ocorreu em 17 de outubro de 1971, pelo Papa Paulo VI.
Franciszeck Gajowniczek sobreviveu. No dia 10 de outubro de 1982 estava presente à solene canonização de Frei Maximiliano Maria Kolbe, pelo Papa João Paulo II, dando testemunho mais uma vez do heroísmo de seu “salvador”. O corpo de Maximiliano foi cremado e suas cinzas atiradas ao vento. Numa carta, quase prevendo seu fim, Frei Maximiliano escrevia: “Eu queria ser reduzido a pó pela Imaculada e espalhado pelo vento no mundo!” Assim se deu! Aquelas cinzas foram levadas pelo vento do Espírito ao mundo, suscitando fecundos germes de vida e de renascimento. Verdadeiro mártir da caridade, do amor que salva e dá vida.“Toda a vida de Maximiliano está marcada pelo encanto de duas coroas: a coroa branca da inocência e a coroa vermelha do martírio. O branco e o vermelho, cores da bandeira polonesa, símbolos da Imaculada e do Espírito Santo, da pureza e do amor, são as cores desta vida exemplar, a bandeira de uma humanidade mais autêntica e mais fraterna”, assim comenta Luciano Marini no “L’Osservatore Romano”, no dia 10 de outubro de 1982.
A memória deste santo radioamador foi incluída como obrigatória no calendário litúrgico, assim, o dia 14 de agosto passa a ser o dia de reverência a SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE
4 de Agosto - São Maximiliano Maria Kolbe
Maximiliano Maria Kolbe nasceu no dia 8 de janeiro de 1894, na Polônia, e foi batizado com o nome de Raimundo. Sua família era pobre, de humildes operários, mas muito rica de religiosidade. Ingressou no Seminário franciscano da Ordem dos Frades Menores Conventuais aos treze anos de idade, logo demonstrando sua verdadeira vocação religiosa.
No colégio, foi um estudante brilhante e atuante. Na época, manifestou seu zelo e amor a Maria fundando o apostolado mariano "Milícia da Imaculada". Concluiu os estudos em Roma, onde foi ordenado sacerdote, em 1918, e tomou o nome de Maximiliano Maria. Retornando para sua pátria, lecionou no Seminário franciscano de Cracóvia.
O carisma do apostolado de padre Kolbe foi marcado pelo amor infinito a Maria e pela palavra: imprensa e falada. A partir de 1922, com poucos recursos financeiros, instalou uma tipografia católica, onde editou uma revista mariana, um diário semanal, uma revista mariana infantil e uma revista em latim para sacerdotes. Os números das tiragens dessas edições eram surpreendentes. Mas ele precisava de algo mais, por isso instalou uma emissora de rádio católica. Chegou a estender suas atividades apostólicas até o Japão. O seu objetivo era conquistar o mundo inteiro para Cristo por meio de Maria Imaculada.
Mas teve de voltar para a Polônia e cuidar da direção do seminário e da formação dos novos religiosos quando a Segunda Guerra Mundial estava começando. Em 1939, as tropas nazistas tomaram a Polônia. Padre Kolbe foi preso duas vezes. A última e definitiva foi em fevereiro de 1941, quando foi enviado para o campo de concentração de Auschwitz.
Em agosto de 1941, quando um prisioneiro fugiu do campo, como punição foram sorteados e condenados à morte outros dez prisioneiros. Um deles, Francisco Gajowniczek, começou a chorar e, em alta voz, declarou que tinha mulher e filhos. Padre Kolbe, o prisioneiro n. 16.670, solicitou ao comandante para ir em seu lugar e ele concordou.
Todos os dez, despidos, ficaram numa pequena, úmida e escura cela dos subterrâneos, para morrer de fome e sede. Depois de duas semanas, sobreviviam ainda três com padre Kolbe. Então, foram mortos com uma injeção venenosa, para desocupar o lugar. Era o dia 14 de agosto de 1941.
Foi beatificado em 1971 e canonizado pelo papa João Paulo II em 1982. O dia 14 de agosto foi incluído no calendário litúrgico da Igreja para celebrar são Maximiliano Maria Kolbe, a quem o papa chamou de "padroeiro do nosso difícil século XX". Na cerimônia de canonização estava presente o sobrevivente Francisco Gajowniczek, dando testemunho do heroísmo daquele que se ofereceu para morrer no seu lugar.
fonte: www.paulinas.org.brNo colégio, foi um estudante brilhante e atuante. Na época, manifestou seu zelo e amor a Maria fundando o apostolado mariano "Milícia da Imaculada". Concluiu os estudos em Roma, onde foi ordenado sacerdote, em 1918, e tomou o nome de Maximiliano Maria. Retornando para sua pátria, lecionou no Seminário franciscano de Cracóvia.
O carisma do apostolado de padre Kolbe foi marcado pelo amor infinito a Maria e pela palavra: imprensa e falada. A partir de 1922, com poucos recursos financeiros, instalou uma tipografia católica, onde editou uma revista mariana, um diário semanal, uma revista mariana infantil e uma revista em latim para sacerdotes. Os números das tiragens dessas edições eram surpreendentes. Mas ele precisava de algo mais, por isso instalou uma emissora de rádio católica. Chegou a estender suas atividades apostólicas até o Japão. O seu objetivo era conquistar o mundo inteiro para Cristo por meio de Maria Imaculada.
Mas teve de voltar para a Polônia e cuidar da direção do seminário e da formação dos novos religiosos quando a Segunda Guerra Mundial estava começando. Em 1939, as tropas nazistas tomaram a Polônia. Padre Kolbe foi preso duas vezes. A última e definitiva foi em fevereiro de 1941, quando foi enviado para o campo de concentração de Auschwitz.
Em agosto de 1941, quando um prisioneiro fugiu do campo, como punição foram sorteados e condenados à morte outros dez prisioneiros. Um deles, Francisco Gajowniczek, começou a chorar e, em alta voz, declarou que tinha mulher e filhos. Padre Kolbe, o prisioneiro n. 16.670, solicitou ao comandante para ir em seu lugar e ele concordou.
Todos os dez, despidos, ficaram numa pequena, úmida e escura cela dos subterrâneos, para morrer de fome e sede. Depois de duas semanas, sobreviviam ainda três com padre Kolbe. Então, foram mortos com uma injeção venenosa, para desocupar o lugar. Era o dia 14 de agosto de 1941.
Foi beatificado em 1971 e canonizado pelo papa João Paulo II em 1982. O dia 14 de agosto foi incluído no calendário litúrgico da Igreja para celebrar são Maximiliano Maria Kolbe, a quem o papa chamou de "padroeiro do nosso difícil século XX". Na cerimônia de canonização estava presente o sobrevivente Francisco Gajowniczek, dando testemunho do heroísmo daquele que se ofereceu para morrer no seu lugar.
“Não esqueça o amor!” São Maximiliano
O bloco 14 era dividido em duas partes, térreo e superior, éramos em 400 prisioneiros. A situação higiênica é indescritível, um banheiro para 400 prisioneiros.
Padre Kolbe esteve no campo 77 dias, chegou dia 28 de maio 1941, era tranqüilo, um homem onde resplendia a bondade, um verdadeiro amigo. Aqueles que o conheciam sempre o ajudavam devido a sua fragilidade. Eu nunca me aproximava dele, ele sempre falava com os outros padres, a respeito da Imaculada e da Santíssima Trindade, somente os mais velhos o escutavam. A coisa mais interessante era perceber o quanto era bom.
- 29/07/1941, mais ou menos 13h00, momento pausa no trabalho e a sirene soou, deu medo, o som não era o mesmo, naquele dia entendíamos que era algo de ruim, e todos deveriam deixar o trabalho e ir para o pátio, é o momento do apelo, ou seja, o controle de prisioneiros de cada bloco. Alguns não suportavam o trabalho e morriam, mas vivo ou morto tinha que estar no momento do apelo, não podia faltar nenhum prisioneiro. Deus me permitiu estar em tantos apelos não sei como consegui. Naquele dia era apelo punitivo, somente para o nosso bloco, e nenhum outro bloco, podia nem mesmo ver pela janela se não também eram punidos.
Depoimento de Micherdzirski (Miguel) ex-prisioneiro número 1261, que esteve 04 anos no campo de concentração de Auschwitz. Foi transportado para o campo no dia 26/06/1940 com 19 anos. Deu seu testemunho no dia 08/01/2004, na Polônia em ocasião dos 110 anos do nascimento de São Maximiliano Kolbe.
- 30/07/1941 as 19h15, foi o momento que Padre Kolbe saiu da fila, do dia 29/07 ao 30/07 ficamos no pátio em pé sem comer, sem dormir, a noite era muito fria, e durante o dia muito calor. Os soldados colocavam a comida na nossa frente, e jogavam no chão, muitos não agüentavam, não tendo mais força e acabavam morrendo. Eu, Padre Kolbe e Francisco estávamos na mesma fila, na 5º ou 6° fila. Fritz andava entre as filas, e quando parava na frente de um prisioneiro significava que era seu fim, era condenado, quando Fritz se aproximou de mim, me sumiu a visão, tremia minhas pernas, meu único desejo era de viver, minha oração era “Deus não deixe ele tocar em mim”. Naquele momento não podíamos ter nenhum tipo de reação, não podia manifestar nem mesmo uma expressão, porque seria o suficiente para morrer. Quando tudo acabou foi um alivio, mas de repente se percebe que alguém sai do lugar, naquele momento o silêncio reinava, só se ouvia os passos daquele homem, Padre Kolbe. Ele calmamente se aproximou de Fritz e disse: “Quero morrer no lugar desse homem”. Em um lugar onde milhões morriam, morrer por um não significava nada.
Fritz perguntou: “Quem é o senhor?”.Calmamente Padre Kolbe responde: “Sou um Polaco sacerdote católico”. Sete milhões de prisioneiros passaram por lá, essa foi a primeira vez que Fritz chamava um prisioneiro de senhor, éramos sempre chamados de porcos, besta e outros nomes terríveis. Padre Kolbe disse simplesmente: “Porque ele tem mulher e filhos” ela salvava o valor do sacramento matrimonial e a paternidade.
O que mais impressionou, não foi o fato que ele morria por alguém, isso era normal em um lugar como aquele, mas naquele dia os Tedescos perderam a guerra, era inacreditável Fritz falar com um prisioneiro, e ter aceitado a troca, ele podia simplesmente atirar em Padre Kolbe e nos outros, ou então soltar os cachorros neles. No campo de concentração era inaceitável gesto de martírio, os Tedescos não admitiam, os prisioneiros só podiam morrer, por suas mãos. Padre kolbe morreu para salvar um único prisioneiro, mas naquele dia ele trouxe a Auchwitz a esperança e o amor.
Foram 386 horas de sofrimento, e de fome. A Imaculada fez com Padre Kolbe tudo aquilo que desejava, fez dele um grande dom. Humanamente era difícil entender aquele ato, aquele momento marcou a história de Auschwtiz, a história de cada prisioneiro, ele trouxe a cada um de nós a dignidade e a vontade de viver. "
"Padre Kolbe e os outros nove prisioneiros foram levados para o bloco 11, no Bunker da fome. Passaram-se duas semanas e os prisioneiros morriam um após o outro, mas no fim da terceira semana, ainda sobreviviam quatro, entre eles Padre Kolbe.
Para os carrascos, a morte deles estava sendo longa porque a cela (Bunker) era necessária para outras vítimas. Por isso, no dia 14 de agosto de 1941 às 12h50, da Vigília da Assunção de Maria Virgem ao céu, foi conduzido ao bunker, o carrasco Boch, um alemão, diretor da sala dos enfermos. Ele aplica no braço esquerdo de cada um, a injeção venenosa de ácido fênico. Padre Kolbe com a oração entre os lábios estende o braço ao carrasco.
Não podendo resistir aquilo que meus olhos viam, com o pretexto de ter que ir trabalhar, fui para fora. Quando os guardas e o carrasco deixaram o bunker, eu retornei: encontrei Padre Maximiliano Kolbe, sentado e apoiado no muro, com os olhos abertos e a cabeça inclinada: era a sua posição habitual. A sua face era radiante e serena.
Jesus disse: “tudo está cumprido”. Inclinando a cabeça, entrega o espírito. Talvez também Padre Kolbe tenha pronunciado essas palavras, antes de inclinar a cabeça e suspirar. No dia da Assunção da Virgem Maria ao céu, no dia 15 de agosto, o seu corpo foi queimado no forno crematório e suas cinzas foram jogadas ao vento. Em 28 de janeiro de 1942, o certificado de morte de Padre Kolbe foi levado pelo oficial central do campo de concentração ao convento de Niepokalanòw."
Testemunho de Sig. Borgowiec – Fonte: site MI Internacional http://www.miliciadaimaculada.org.br
São Maximiliano Kolbe - O Santo que esteve no Inferno.
(Texto escrito com base no livro O Santo que esteve no Inferno, de Ivo Montanhese)
Salve Maria!
Este texto trata de uma parte da vida deste famoso santo, São Maximiliano Kolbe, que muito sofreu durante as perseguições nazistas na Polônia e bastante mais ao chegar junto ao comboio de prisioneiros ao campo de concentração de Amtitz, onde lá conheceu o terrível campo de concentração em Óswiecin, que os alemães chamavam de Auschwitz - o campo de concentração mais terrível do domínio nazistas, repleto de horrores, humilhações, trabalhos contínuos e forçados e com alimentação extremamente miserável.
Em Auschwitz, os prisioneiros sofriam como se fossem animais - judeus, mulheres, idosos, crianças, sacerdotes... todos passavam fome e frio, viviam numa triste promiscuidade e, diariamente, sofriam pela prepotência dos guardas que os tratavam a pontapés e chicotadas. Homens que um dia foram exemplares cidadãos, tornaram-se ladrões que furtavam seus próprios companheiros de infortúnio: roubavam pedaços de pão que os seus companheiros escondiam debaixo dos cobertores e delatavam os mesmos aos guardas. As mulheres prisioneiras que um dia foram exemplares mães de família se prostituíam por um pedaço de pão ou um pouquinho de sopa. Se entregam às mais degradantes orgias por não terem mais a mínima esperança em escapar daquele inferno.
Procurarei escrevê-lo da forma mais compreensível, com base nos trechos mais importantes do livro. Não deixe que a preguiça o impeça de ler este resumo.
- 19 de setembro de 1941
Além dos judeus, os sacertores católicos incomodavam Gestapo (polícia do regime nazista), porém, havia um frade franciscano polonês que muito a incomodava. O nome do frade era Maxiiliano Kolbe, que vivia no convento deNiepokalanów (que significa Cidade da Imaculada). Naquele dia, a Wehrmacht (em alemão significa Força de Defesa, nome do conjunto das forças armadas que serviam ao Terceiro Reich) se apresentou às portas do convento ordenando que todos os frades deixassem imediatamente a casa sem levar nada além da roupa que usavam no corpo. No convento deveria ficar apenas dois frades: um enfermeiro e um ajudante para que cuidassem dos feridos. Os frades pediram para que seu superior, frei Maximiliano Kolve, ficasse para ajudar os feridos, mas ele não quis ficar e partiu com o grupo.
- Então, no dia 24 de setembro de 1941, Frei Maximiliano Kolbe junto aos seus companheiros frades chegaram ao campo de concentração de Amtitz, onde lá tiveram uma prévia do inferno que iriam sofrer.
Em toda sua permanência como prisioneiro, Frei Maximiliano Kolbe animava os prisioneiros com palavras de conforto e carinho e sempre pedia que tivessem confiança na Imaculada Virgem Maria. Ele animava-os e dava-lhes coragem para se manterem firmes naquele lugar tenebroso. Frei Maximiliano demonstrava tamanho carisma que os guardas alemães ficavam completamente desconcertados vendo aquele frade magro os olhar com tamanha doçura, sempre demonstrando um sorriso nos lábios não obstante a visão que teve de seu futuro, que previa não estar muito distante e que seria ainda mais sofrido. Mesmo assim, Frei Maximiliano ainda dava medalhas da Imaculada aos guardas - não por motivo de zombaria - e estes se mostravam, mesmo que poucas vezes, mais humanos.
Em toda sua permanência como prisioneiro, Frei Maximiliano Kolbe animava os prisioneiros com palavras de conforto e carinho e sempre pedia que tivessem confiança na Imaculada Virgem Maria. Ele animava-os e dava-lhes coragem para se manterem firmes naquele lugar tenebroso. Frei Maximiliano demonstrava tamanho carisma que os guardas alemães ficavam completamente desconcertados vendo aquele frade magro os olhar com tamanha doçura, sempre demonstrando um sorriso nos lábios não obstante a visão que teve de seu futuro, que previa não estar muito distante e que seria ainda mais sofrido. Mesmo assim, Frei Maximiliano ainda dava medalhas da Imaculada aos guardas - não por motivo de zombaria - e estes se mostravam, mesmo que poucas vezes, mais humanos.
Apesas de tantos tormentos que ali sofriam, o verdade tormento ainda estava por vir.
- Frei Maximiliano Kolbe, certa vez, falou a seus confrades religiosos: "Coragem, meus filhos! Nossa missão está para terminar. Vamos aproveitar esses poucos dias que ainda temos para nossa missão. A Imaculada vai nos ajudar!" E, enfim, foram postos em liberdade no dia 8 de dezembro, festa da Imaculada conceição de Maria!
Porém, ele sabia que esta guerra ainda não tinha acabado para ele. Lembrou da coroa vermelha que lhe foi apresentada em sonho e que esta escolheu. Seu futuro na terra seria de sofrimento...
(Entrada do campo de concentração de Auschwitz, escrito Arbet Macht Frei, traduzindo do alemão significa (ironicamente!) O trabalho liberta.)
- A Gestapo volta a bater nas portas do convento procurando, diretamente, pelo Frei Maximiliano Kolbe. Ao abrir a porta aos soldados, o Frei os saúda, dizendo: "Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo!"
Frei Maximiliano foi preso com mais quatro padres, na qual, somente dois desses sobreviverão. Ele sabia que nunca mais voltaria para sua tão querida Niepokalanóv.
O primeiro destino do Frei foi Varsóvia, na prisão de Pawiak. A prisão diariamente se enchia e se esvaziava, porque milhares de poloneses eram fuzilados em seus pátios.
Como eram vários os países que eram destruídos pelo poder nazista, o número de prisioneiros não parava de aumentar. Por isso, foram construídos muitos campos de concentração, como o de Ravensbrück, Dachau, Buchenwald, Amtitz, Gross-Rossen, Dora, Mauthausen, Treblinka, Sobibor, Majdanek, Bergen-Belsen e a infernal Auschwitz.
- Certa vez, Frei Maximiliano Kolbe foi fortemente espacando pelo chefe da SS quando o mesmo, puxando o rosário pendurado na cintura do hábito franscicano do Frei Maximiliano, perguntou-o vociferando com palavras de baixo calão, se ele acreditava naquele rosário. Frei Maximiliano não enfraqueceu e sempre que respondia "Sim! Eu acredito!", recebia uma saraivada de socos no rosto e chutes em todo o corpo. Cada vez que o Frei era violentado brutalmente pelo nazista, mais ele respondia "Sim! Eu acredito!", proclamando sua profissão de fé como um verdadeiro sacerdote católico.
Raramente os prisioneiros podiam escrever cartas para seus familiares e muitas delas ainda eram censuradas. Segue abaixo uma carta escrita pelo Frei Maximiliano aos seus confrades religiosos, com palavras de amor e de esperança na Virgem Mãe Imaculada:
"A Imaculada, nossa Mãe amorosa, sempre nos rodeou de cuidados e de ternura e velará sempre... Por que vocês se preocupam, meus filhos? Nada de mal nos pode acontecer, se Deus e a Imaculada não o permitirem. Deixemo-nos conduzir por ela cada vez mais doculmente, para onde ela nos quiser levar seja qual for seu desejo, a fim de que, cumprindo nosso dever, possamos através do amor, salvar todas as almas". Esse era o desejo do Frei... salvar todas as almas!
Essa foi sua última carta escrita.
- De Varsóvia, os prisioneiros partem para a Estação Norte nos vagões do trem, dirigindo-se para Óswiecim. Chegando lá, são separados em dois grupos: um será o grupo que irá prestar trabalhos e o outro... que será para um trágico fim: morrer na câmara de gás. Este separado por desvalidos, doentes, mulheres e até crianças. Frei Maximiliano Kolbe mesmo debilitado e bastante magro segue para o grupo de prisioneiros que prestará trabalhos nos campos de concentração, como carregar pedaços de madeira ou o que quer que os guardas nazistas mandem fazer.
- Maximiliano Kolbe é enviado para o Bloco 14 no campo de concentração de Auschwitz e passa a ser chamado não pelo seu nome, mas sim pelo seu número... 16.670. "Aí se sofre uma fome horrível. Uma fome que dá cãibras no estômago, que faz o ventre queimar como fogo. Um calor insuportável ou um frio de enregelar".
- O próximo fato que contarei será o início do martírio de Frei Maximiliano Kolbe...
Certa vez, ao voltarem (prisioneiros) de um dia de trabalho desumano, eles iam entrando no pavilhão que servia de dormitório enquanto alguém ia contando o número de prisioneiros que passavam pela porta. A quantia estava errada. Faltava um prisioneiro. O chefe fala que se tal prisioneiro não aparecesse até a tarde do outro dia, 10 daqueles miseráveis prisioneiros iriam para no bunker da fome.
Ora, levando em conta a situação em que se encontravam, morrer por fuzilamente seria um privilégio, pois deixariam de sofrer todos aqueles infortúnios do Campo. Até mesmo ser enforcado não os fazia medo. Mas o bunker podia deixar qualquer um que tivesse coragem em enfrentar as atrocidades e crueldades dos nazistas sem dormir de tanto temor. Agonizar por dias de fome e sede no bunker era algo apavorante!
Frei Maximiliano pensou: "Como alguém pode ter a coragem de fugir sabendo que vinte de seus companheiros irão ter a morte mais horrenda? Como estaria a consciência desse homem?"
O Frei reconheceu a fraqueza daquele homem diante de tanto sofrimento, rezou por ele e o perdoou pela traição.
A hora chegou e o prisioneiro fugitivo não apareceu. Os guardas nazistas começaram a escolher quem iria para obunker da morte. Um homem, o sargento Franceszek Gajowniczke (o homem da foto ao lado com o Papa João Paulo II) ao ser escolhido entre os 10 condenados, chora gritando: "Minha esposa, meus filhinhos. Nunca mais poderei ver minha esposa e meus filhinhos!.."
Todos os prisioneiros notam que alguém tinha saído do grupo e começado a andar em direção aoComandante Fritsch. "Quem seria louco de fazer isso?!" imaginavam...
Era Frei Maximiliano Kolbe que se aproximava de Fritsch. Falou baixo que quase não podiam escutar:
"Eu gostaria de morrer no lugar de um destes condenados".
Isso era algo que Fritsch jamais virá em sua vida, ficando perpléxo com o pedido do padre. Ele pergunta ao frei quem ele era... repondendo: "Sou um sacerdote católico".
(não irei entrar muito em detalhe nessa cena, contando sobre a reação dos nazistas nessa situação)
Fritsch concede o pedido do Frei e libera Franceszek da condenação ao bunker em troca do sacerdote católico 16.670.
Frei Maximiliano há algum tempo estava muito feliz... bastante feliz! Em sonho lhe foi prometido o céu pela Imaculada! Contou, certa vez, isso aos seus confrades. Porém, havia um outro segredo que não lhes tinha contando ainda. Seria a certeza de seu martírio?
Ele exortava os seus frades: "Exijo que vocês sejam santos. Santidade não é um luxo. É uma exigência da vida cristã."
Em meio a fome crescente no bunker e a sede que os fazia secar a cada hora, Frei Kolbe nunca deixou de acolher seus companheiros com palavras de carinho e esperança. Sempre oferecia suas dores e sofrimentos à Imaculada. E assim os homens que ali sofriam fazia o mesmo, sendo guiados por Frei Maximiliano a não deixarem de rezar e pedir a Deus forças em seus sofrimentos.
Aqui conta um relato do prisioneiro Borgowiec. Ele exercia a função de levar ao forno crematório os corpos do mortos, pois os soldados alemães da SS não se aventuravam em entrar naqueles antros pestilenciais, onde até o ar era contaminado. Borgowiec sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz e contou detalhes do que acontecia naquele lugar infernal. (a seguir, segue um relato bastante forte!)
"No bunker não havia vaso sanitário nem esgoto para os condenados. Uma lata seriva de vaso sanitário, onde eles podiam fazer suas necessidades. Borgowiec era o encarregado de, todas as manhãs, pegar aquela lata e despejar os dejetos humanos.
Mas do quarto dia em diante foi dispensado dessde trabalho, pois quando foi pegar a lata ela já estava vazia... Todos os dias ela estava vazia."
Dia a dia dentro do bunker, Frei Kolbe dava a absolvição geral aos que não suportavam mais as dores e encaminhava suas almas à misericórdia de Deus. Frei Kolbe sofria calado. Já chegara o 8º dia dentro dobunker. O martírio que sempre desejou acontecia. A coroa vermelha pairava sobre sua cabeça. E ele dizia: "Minha Mãe, não faltasse com tua promessa. Agora sinto que o céu me está bem próximo!" Isso dava-lhe forças para animar também seus companheiros.
Já se passavam doze dias de encarceramento naquele inferno, mas Frei Kolbe ainda se mantinha de pé ou de joelhos. Mesmo ele que parecia ser o mais fraco entre todos, com apenas um pulmão devido a tuberculose. Era um esforço sobre-humano. Provavelmente, isso seria uma graça que pedia a Imaculada, para que o mantesse vivo para acompanhar seus companheiros e os enviar aos céus.
Enfim, no 14º dia de confinamento no bunker da morte, um dia antes da festa da Assunção da Imaculada, seus nove companhaeiros já tinham partidos, todos com a benção do Frei Kolbe para serem recebidos nos céus. Já era a hora de Sua Mãe Imaculada vir buscá-lo e levar seu filho amado para celebrar sua glória no céu.
Borgowiec estava presente. Ele diz que os outros corpos estavam imundos, enquanto o corpo do Frei Maximiliano estava limpo, e até brilhava. Afirmou: nunca irei esquecer a impressão que me causou.
Em 10 de outubro de 1982, na presença de Franceszek Gajowniczke, cujo lugar tomou para sofrer no terrível bunker da morte de Auschwitz, Frei Maximiliano Kolbe foi canonizado pelo Papa João Paulo II, aceitando o martírio eroicamente pelo seu múnus sacerdotal, ajudando os condenados dos campos de concentração a terem uma morte virtuosa e proclamando seu amor a Imaculada, sua fonte de forças para resistir até a última alma que pôde salvar.
Por tudo isso, vemos em São Maximiliano Kolbe o verdadeiro amor ao Nosso Senhor Jesus Cristo e a Sua Santíssima Mãe, a Virgem Imaculada e o verdadeiro dever de ser Sacerdote Católico!
São Maximiliano Kolbe, rogai por nós!
(Este texto escrevi na intenção do Ir. Rodrigo Maria, da ordem dos Franciscanos da Imaculada. Que Ela, a Imaculada, esteja sempre com você e você sempre com Ela, meu querido irmão.)
(Texto escrito com base no livro O Santo que esteve no Inferno, de Ivo Montanhese, em caso de cópia, favor reproduzí-lo por completo, até as intenções)
fonte: http://www.catolicostradicionais.com.br
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